A ciência matemática da natureza é uma técnica maravilhosa para fazer induções de uma capacidade operativa, de uma probabilidade, de uma precisão, de uma computabilidade que nunca antes puderam ser sequer imaginadas. Enquanto realização, ela é um triunfo do espírito humano. No que respeita, porém, à racionalidade dos seus métodos e teorias, ela é uma realização completamente relativa. Pressupõe já uma abordagem ao nível do fundamental que carece, ela própria, de uma efectiva racionalidade. Na medida em que o mundo circundante intuitivo, este mundo simplesmente subjectivo, é esquecido na temática científica, é também esquecido o próprio sujeito que trabalha e o cientista não se torna nunca um tema. (Assim, deste ponto de vista, a racionalidade das ciências exactas está na mesma linha da racionalidade das pirâmides egípcias.) (Husserl, Crise…, p. 46)
Husserl (Crise) – a racionalidade das ciências exactas
- Husserl (1976:202-204) – Vivido no noético e no noema
- Husserl (CCEFT:10-11) – O sentido da história e a filosofia moderna
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- Husserl (CCEFT:141-143) – A priori lógico e a priori do mundo da vida
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- Husserl (CCEFT:252-255) – A ciência europeia pretende o infinito e a totalidade
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- Husserl (CCEFT:37-38) – O esvaziamento de sentido da ciência matemática da natureza pela “tecnicização”
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- Husserl (CCEFT:40-41) – método científico e mundo da vida