A ciência matemática da natureza é uma técnica maravilhosa para fazer induções de uma capacidade operativa, de uma probabilidade, de uma precisão, de uma computabilidade que nunca antes puderam ser sequer imaginadas. Enquanto realização, ela é um triunfo do espírito humano. No que respeita, porém, à racionalidade dos seus métodos e teorias, ela é uma realização completamente relativa. Pressupõe já uma abordagem ao nível do fundamental que carece, ela própria, de uma efectiva racionalidade. Na medida em que o mundo circundante intuitivo, este mundo simplesmente subjectivo, é esquecido na temática científica, é também esquecido o próprio sujeito que trabalha e o cientista não se torna nunca um tema. (Assim, deste ponto de vista, a racionalidade das ciências exactas está na mesma linha da racionalidade das pirâmides egípcias.) (Husserl, Crise…, p. 46)
Husserl (Crise) – a racionalidade das ciências exactas
- Lyotard – O transcendental em Husserl
- Lyotard (1954:14-30) – O transcendental em Husserl
- Lyotard (1954:40-44) – Fenomenologia: Husserl e Hegel
- Marion (1989:124-129) – Heidegger confrontando Husserl sobre Descartes
- Monticelli (1997:167) – Binswanger, recorre a Husserl e Heidegger
- Monticelli (1997:168-170) – divergência Husserl e Heidegger
- Safranski (Heidegger) – Husserl e Heidegger
- Sallis (1993:xi-xii) – Terra em Husserl
- Sartre (Husserl) – filosofia digestiva
- Schürmann (1982:77-78) – Husserl explora questões que são decididamente metafísicas