A ciência matemática da natureza é uma técnica maravilhosa para fazer induções de uma capacidade operativa, de uma probabilidade, de uma precisão, de uma computabilidade que nunca antes puderam ser sequer imaginadas. Enquanto realização, ela é um triunfo do espírito humano. No que respeita, porém, à racionalidade dos seus métodos e teorias, ela é uma realização completamente relativa. Pressupõe já uma abordagem ao nível do fundamental que carece, ela própria, de uma efectiva racionalidade. Na medida em que o mundo circundante intuitivo, este mundo simplesmente subjectivo, é esquecido na temática científica, é também esquecido o próprio sujeito que trabalha e o cientista não se torna nunca um tema. (Assim, deste ponto de vista, a racionalidade das ciências exactas está na mesma linha da racionalidade das pirâmides egípcias.) (Husserl, Crise…, p. 46)
Husserl (Crise) – a racionalidade das ciências exactas
- Anne Fagot-Largeault – A intersubjetividade transcendental em Edmund Husserl
- Beaufret (1998:24-25) – Husserl e Heidegger
- Buren (GA63:nota 1) – intencionalidade da consciência (termos de Husserl)
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:95-98) – o embate Heidegger e Husserl
- Cerbone – Husserl e a desanalogia entre tipos de coisas
- Creusa Capalbo: principais conceitos da fenomenologia de Husserl
- Dastur (2015:94-96) – Binswanger e Husserl
- de Castro (2009) – A comunicação linguística de uma perspectiva da Fenomenologia de E. Husserl
- Drummond (Husserl) – fundador da fenomenologia moderna