A “decadência” aparece como uma modificação da inautenticidade (Uneigentlichkeit), já introduzida em §9 (art15). Em uma primeira aproximação, poderíamos dizer que, enquanto a inautenticidade expressa um “estado”, a decadência é um movimento, o movimento pelo qual o Dasein dá as costas a si mesmo, à sua própria ipseidade, para se abandonar ao mundo. É a especificidade desse movimento ou movimentos existenciais que precisa ser compreendida. A categoria existencial da “decadência” aparece, portanto, muito claramente como uma metamorfose do que Heidegger então chamou de Ruinanz (“ruína”). (1994 p. 226)