Galli (2005:xvii) – linguagem de Rosenzweig

Os leitores familiarizados com Estrela da Redenção estão bem cientes da complexidade da linguagem de Rosenzweig, bem como do lugar central que a linguagem ocupa em seu pensamento. A confluência desses dois pontos torna a tarefa de traduzir Rosenzweig particularmente desafiadora. O próprio Rosenzweig nos ensinou que todo ato de pensamento da fala é um ato de tradução e, inversamente, podemos supor que todo ato de tradução é um ato de pensamento da fala. A tradução, nesse acordo, exemplifica, incorpora, o caráter do pensamento da fala, Sprachdenken, a hábil mudança de frase de Rosenzweig para denotar a natureza dialógica da linguagem. Com esse último termo, presumo que, para Rosenzweig, assim como para Heidegger, Sprache engloba tanto o escrito quanto o oral. No caso de Rosenzweig, a justaposição é exemplificada pelo fato de que ele considerava defensável, em bases fenomenológicas, ouvir a voz da revelação do texto das escrituras — a confluência do oral e do escrito bem capturada na imagem de dar voz ao que está escrito. (Barbara Galli)

(ROSENZWEIG, Franz. The star of redemption. Tr. Barbara E. Galli. Madison: The University of Wisconsin Press, 2005)

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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