Gabriel Marcel (1951:14-16) – o ego

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Para continuar a nossa análise, observamos que este ego que temos diante de nós, considerado como um centro de magnetismo, não pode ser reduzido a certas partes que podem ser especificadas como “o meu corpo, as minhas mãos, o meu cérebro”; é uma presença global — uma presença que ganha glória com o magnífico bouquet que eu próprio colhi, que vos trouxe; e não sei se deveis admirar mais o gosto artístico de que ele é uma prova ou a generosidade que demonstrei ao dá-lo a vós, eu, que tão facilmente o poderia ter guardado para mim. Assim, a beleza do objeto reflete-se de certa forma em mim, e se apelo a si, repito, faço-o como a uma testemunha qualificada que convido a maravilhar-se com o conjunto que formamos — o bouquet e eu.

Emma Craufurd

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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