“Temos em nós uma força enorme de sentimentos morais, mas nenhuma meta que os possa satisfazer a todos. Esses sentimentos contradizem-se uns aos outros: provêm de diferentes tabelas de valores.
Há uma força moral prodigiosa, mas já não há nenhuma meta; onde toda a força poderia ser utilizada.
Todos as metas são/estão destruídas. É preciso que os homens se designem uma. Foi um erro acreditar que possuíam uma: eles deram-nas todas a si. Mas as condições básicas para todas as metas do passado estão hoje destruídas.
A ciência indica o caminho a seguir, mas não a meta: estabelece, no entanto, as condições básicas às quais a nova meta deve corresponder”.
(Florent Gaboriau, fazendo referência a F. Nietzsche, Ainsi parlait Zarathoustra, em GABORIAU, F. L’Entrée en métaphysique: orientations. Paris: Casterman, 1962, p. 258)