Wrublevski
Com respeito (20) ao pensar primordial no Ocidente, entre os gregos, diferenciamos entre início (Beginn) e origem, princípio ou começo (Anfang). O início pensa o iniciar-se deste pensar num determinado “tempo”. Pensar significa, aqui, não o curso de atos de pensar representados psicologicamente, e sim o historiar-se, no qual um pensador é, diz sua palavra e, assim, funda um lugar para a verdade no interior de uma humanidade histórica. Tempo significa, aqui, não primeiramente o ponto de tempo calculado segundo ano e dias, e sim, antes, a “época”, a situação das coisas humanas e o lugar de referência do ente homem. O “início” tem a ver com o despontar e o surgimento do pensar. Por “origem” ou “princípio” pensamos algo diverso. A “origem” ou o “princípio” é o digno de ser pensado e o pensado neste pensar primordial. Aqui ainda deixamos em segundo plano a questão sobre a essência deste pensado. Suposto que o pensar dos pensadores se diferencia do conhecimento das “ciências” e de toda espécie de conhecimento prático, segundo todas as perspectivas, então, a relação do pensar com o pensado é essencialmente diferente da relação do pensar “técnico-prático” e “moral-prático” usual com o que este pensa. (p. 20-21)
Schuwer & Rojcewicz
With regard to this early thinking in the Occident, among the Greeks, we are distinguishing between outset and beginning. Outset refers to the coming forth of this thinking at a definite “time.” Thinking does not mean here the course of psychologically represented acts of thought but the historical process in which a thinker arises, says his word, and so provides to truth a place within a historical humanity. As for time, it signifies here less the point of time calculated according to year and day than it means “age,” the situation of human things and man’s dwelling place therein. “Outset” has to do with the debut and the emergence of thinking. But we are using “beginning” in a quite different sense. The “beginning” is what, in this early thinking, is to be thought and what is thought. Here we are still leaving unclarified the essence of this thought. But supposing that the thinking of a thinker is distinct from the knowledge of the “sciences” and from every kind of practical cognition in all respects, then we have to say that the relation of thinking to its thought is essentially other than the relation of ordinary “technical-practical” and “moral-practical” thinking to what it thinks. (p. 7)
Original
Wir unterscheiden im Hinblick auf das frühe Denken im Abendland bei den Griechen zwischen dem Beginn und dem Anfang. Der Beginn meint das Anheben dieses Denkens zu einer bestimmten »Zeit«. Denken bedeutet hier nicht den Ablauf von psychologisch vorgestellten Denkakten, sondern die Geschichte, daß ein Denker ist, sein Wort sagt und so der Wahrheit eine Stätte gründet innerhalb eines geschichtlichen Menschentums. Zeit bedeutet hier weniger den nach Jahr und Tag berechneten Zeitpunkt als das »Zeitalter«, die Lage der menschlichen Dinge und den Standort des Menschenwesens, Der »Beginn« geht das Aufkommen und Hervortreten des Denkens an. Mit »Anfang« meinen wir etwas anderes. Der (10) »Anfang« ist das in diesem frühen Denken zu Denkende und Gedachte. Hierbei lassen wir noch im Dunkel, welchen Wesens dieses Gedachte ist. Gesetzt, daß sich das Denken der Denker vom Erkennen der »Wissenschaften« und jeder Art der praktischen Kenntnisse nach allen Hinsichten unterscheidet, dann ist auch der Bezug des Denkens zu seinem Gedachten ein wesentlich anderer als das Verhältnis des gewöhnlichen »technisch-praktischen« und »moralisch-praktischen« Denkens zu dem, was es denkt. (p. 9-10)