Fink (1966b:62-63) – o “curso do mundo”

destaque traduzido

O curso, o cursar do mundo não é uma corrida no modo de um movimento de algo que conhecemos de antemão. E, no entanto, o pensamento primitivo chamava a este curso do mundo, o aion, “uma criança a jogar, o reino da criança”. O processo de individuação é pensado em termos de jogo. O jogo torna-se uma “metáfora cósmica” para o aparecimento e o desaparecimento das coisas, dos entes, no espaço-tempo do mundo. O fluxo da vida, embriagado e espumoso, que na alegria de gerar transporta os seres vivos, é misteriosamente identificado com a onda negra que precipita os vivos na morte. A vida e a morte, o nascimento e a morte, o ventre e o túmulo estão fraternalmente unidos: é o mesmo poder movente do todo, que produz e aniquila, engendra e mata, que reúne a alegria suprema e a dor mais profunda.

Hildenbrand & Lindeberg

FINK, Eugen. Le jeu comme symbole du monde. Tr. Hans Hildenbrand & Alex Lindenberg. Paris: Minuit, 1966, p. 62-63

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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