Poderíamos dizer que o modo como Heidegger pensa a questão do ser não exige a ideia de um ser absoluto. Já Husserl quer que apareça, no fim da última redução, um ser absoluto. Para Heidegger, essa ideia de ser absoluto não faz sentido, porque o ser depende da compreensão, isto é, do Dasein e das próprias condições temporais da historicidade. Assim sendo, em Husserl temos a ideia da representação e da consciência vinculadas à ideia de uma espécie de semântica absoluta, e, em Heidegger, temos a ideia do ser ligada à compreensão do ser num modo prático de ser-no-mundo, ou seja, ligado a certa dimensão pragmática: enquanto compreendo o ser, compreendo-me a mim mesmo. Em Husserl, a compreensão do ser se daria na redução transcendental, e não na compreensão de mim como indivíduo finito e histórico. E isso que vai produzir as duas dimensões radicais de separação: a fenomenologia transcendental é a radicalização impossível da Psicologia pura. A fenomenologia hermenêutica é a radicalização da História e, portanto, a introdução da historicidade com todos os elementos do Dasein que são descritos na analítica existencial. (ErStein2015:86)
Ernildo Stein (2015:86) – absoluto
- Ernildo Stein (2015:104-105) – ontologia fundamental
- Ernildo Stein (2015:106-108) – verstehen
- Ernildo Stein (2015:109-110) – entender e compreender
- Ernildo Stein (2015:109) – enquanto (als) é o enquanto hermenêutico
- Ernildo Stein (2015:111-112) – entender e compreender
- Ernildo Stein (2015:130-133) – deinon (estranho, terrível)
- Ernildo Stein (2015:133-134) – polis
- Ernildo Stein (2015:80-82) – divergência Husserl-Heidegger
- Ernildo Stein (2015:83-85) – a fenomenologia hermenêutica