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O objetivo das análises de Heidegger, nas páginas dedicadas à mundanidade do mundo ambiente e à mundanidade em geral (SuZ §§ 15-18), é certamente o de recuperar um primeiro acesso ao “fenômeno do mundo”, tal como ele foi necessariamente omitido pela ontologia tradicional, uma vez que esta só pode apreender o ente como vorhanden depois de ter sido descontextualizado, “desmondaneizado”, arrancado à estrutura dos Bedeuten (SuZ…, 87), que sempre o situou e delimitou num mundo ambiente. Mas será isto suficiente para afirmar o caráter segundo e absolutamente derivativo de Vorhandenheit? Implicará qualquer tipo de decisão sobre o estatuto ontológico da natureza e do ser “natural”? Ou será mesmo uma questão, antes de mais, de reinscrever a mão — marcando-a e remarcando-a — mesmo no ente que se encontra à primeira vista, sob a designação de Zuhandenheit, de (292) mostrar “qual mão funda a outra” (J. Derrida)? Como é que a mão que maneja as ferramentas se esconde e se afasta do ente que agora só é visado como aí-diante, subsistente (vorhanden)?
original
- Question formulée et développée par J. Derrida, in Geschlecht II. La main de l’homme selon Heidegger, in Psyché, Inventions de l’autre, Paris, Galilée 1987, pp. 415-451. — Disons ici tout ce que les présentes remarques doivent à cette conférence comme au travail de Didier Franck, Heidegger et le problème de l’espace, Paris, 1986.[
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