nichtenden Verhaltens
Pois a negação (Verneinung) não pode ser proclamada nem o único, nem mesmo o comportamento nadificador condutor, pelo qual o ser-aí (Dasein) é sacudido pelo nadificar do nada. Mais abissal que a pura conveniência da negação pensante é a dureza da contra-atividade e a agudeza da execração. Mais responsável é a dor da frustração e a inclemência do proibir. Mais importuna é a aspereza da privação.
Estas possibilidades do comportamento nadificador – forças em que o ser-aí sustenta seu estar-jogado (Geworfenheit), ainda que não o domine – não são modos de pura negação. Mas isto não as impede de se expressar no “não” e na negação. Através delas é que se trai, sem dúvida, de modo mais radical, o vazio e a amplidão da negação. Este estar o ser-aí totalmente perpassado pelo comportamento nadificador testemunha a constante e, sem dúvida, obscurecida revelação do nada, que somente a angústia originariamente desvela. Nisto, porém, está: esta originária angústia (Angst) é o mais das vezes sufocada no ser-aí. A angústia está aí. Ela apenas dorme. Seu hálito palpita sem cessar através do ser-aí: mas raramente seu tremor perpassa a medrosa e imperceptível atitude do ser-aí agitado envolvido pelo “sim, sim” e pelo “não, não”; bem mais cedo perpassa o ser-aí senhor de si mesmo; com maior certeza surpreende, com seu estremecimento, o ser-aí radicalmente audaz. Mas, no último caso, somente acontece originado por aquilo por que o ser-aí se prodigaliza, para assim conservar-lhe a derradeira grandeza. (MHeidegger O QUE É METAFÍSICA?)