Categoria: Léxico Heidegger
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Geschehnis, “acontecimento, incidente, evento”, vem de geschehen, originalmente “apressar-se, acometer, lançar-se, correr”, mas agora “dar-se”. Este é “o termo mais abstrato para ‘acontecimento’. Seu uso se limita à palavra escrita” (DGS, 111). O infinitivo substantivado também é usado para “evento(s), acontecimento(s)”. (DH) Los esbozos del himno, junto con títulos como «La serpiente», «La ninfa», «El…
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Heidegger escreve Er-eignis e assim o liga a eigen etc: “Experiências (Erlebnisse) são Er-eignisse no sentido de que elas vivem daquilo que é próprio a cada um (aus dem eigenen leben) e a vida vive somente desta forma” (GA56/57,75; cf. 116). Uma “situação” contém “não elementos estáticos, mas ‘Ereignisse’. O dar-se (Geschehen) da situação não…
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Das Ereignis refere-se frequentemente ao supremo acontecimento que constitui o Anfang, “começo”, o essencializar do ser, a revelação inicial do ser que pela primeira vez nos capacita a identificar entes. Aqui Heidegger explora ao máximo seu suposto parentesco com eigen etc.: “não é mais uma questão de lidar ‘com’ algo e apresentá-lo como um objeto,…
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Wegsein, “ser-afastado” (mas como wegsein, “estar desviado, estar afastado, estar fora etc.”) é contrastado com Da-sein (GA29, 95; GA65, 252, 301s, 323s). Trata-se de uma noção próxima de Uneigentlichkeit, mas à medida que sucumbimos ao Wegsein estamos fora do Da-sein. (DH) Como se sabe, Heidegger insiste en la idea de que el Dasein se encuentra…
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Um outro aspecto da espacialidade de Dasein é a “orientação” (GA20, 308, 319ss: Orientation) ou “direcionalidade” (GA20, 308; SZ, 104, 108ss: Ausrichtung, Ausgerichtetheit). Ausrichtung está associada a “direções” (Richtung(en)), sobretudo “esquerda, direita, em frente”, que, como a nossa habilidade de apontar para as coisas, baseiam-se em nossa habilidade geral de nos orientarmos (GA20, 319; SZ,…
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Heidegger mostra uma certa confusão sobre a relação entre o ser, os entes e o abandono do ser. Em 1943, escreveu que: “Sem o ser, cuja essência abissal, mas ainda não desdobrada, nos é comunicada na angústia essencial pelo nada, todos os entes permaneceriam na falta do ser (Seinlosigkeit). Mas mesmo isto (falta de ser)…
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Verwesen; Verwesung, “decair, apodrecer; decadência” , possuem parentescos apenas remotos com wesen, embora Heidegger explore sua similaridade (GA65, 115, 348). (Verweser, “gerente, administrador, aquele que substitui (ver-) alguém”, está mais próximo de Wesen.) (DH) N. T. O termo Verwesung, traduzido aqui por decomposição, encerra em si o significado de uma perda da essência e da…
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wesen: essenciar-se, estar-a-ser Abwesen (s) / Abwesende (s): o-estar-ausente, ausência / o-que-está-ausente anwesen / Anwesen (s): vir-à-presença, estar-presente / o-estar-presente, o vir-à-presença anwesend / Anwesende (s): presente, que está presente / o que-está-presente, o que-vem-à-presença Anwesenheit (e): presença, estar-em-presença (cf. Präsenz) Gewesene (s) / Ge-wesene (s): o sido, aquilo que foi / o sido, o…
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“cogito (ergo) sum” GA2 33, 53, 61, 120, 279; SZ 24, 40, 46, 89, 211; GA5 108,110; GA6 81; GA6 113,117,131, 132, 139, 140, 142-8, 155, 156, 159-63, 167, 168, 390; GA17 132-1, 141, 229, 242, 244, 245, 256, 267, 268, 270, 273, 305, 312, 314; GA20 100, 210, 296, 437; GA21 86, 331; GA23…
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experiência fundamental Heidegger explora a explicação de Kant de nossa Erfahrung finita em várias obras (p.ex., GA3; GA25; GA31) e também a não tão evidente experiência finita, retratada na Fenomenologia do espírito de Hegel. Ocasionalmente, fala da “experiência fundamental (Grunderfahrung) do ser dos entes” grega, que sustentou e deu origem tanto à forma sujeito-predicado de…
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A linguagem sofre com a tecnologia: “metalinguística é a metafísica da mecanização de todas as linguagens consumada exclusivamente para o utensílio operativo de informação interplanetária. Metalinguagem e sputnik, metalinguística e tecnologia de mísseis são o mesmo” (GA12, 160/58). Sua salvação é a poesia (GA39, 61ss). “A linguagem é a poesia original (Urdichtung) na qual um…
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Na década de 1930, quando Heidegger começou a usar a expressão Geschichte des Seins (p.ex., GA40, 70), a história do ser não é algo que se inicie promovido primordialmente pelos homens, mas pelo próprio ser. A metafísica ou filosofia ainda desempenhava um papel predominante na história do ser. Mas a metafísica origina-se da história do…
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Mais tarde, Heidegger associa Horizont à Perspektive de Nietzsche e à sua ideia de que o mundo só pode ser interpretado através das várias perspectivas. Uma perspectiva ou um horizonte impõe um “esquema” ao caos subjacente do devir, tornando-o “constante”. “Toda perspectiva possui seu horizonte” (GA6, 646/N3, 148). Mas o “horizonte, a esfera do constante…
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Mais tarde, Heidegger associa Horizont ao pensamento “representacional”, que reduz as coisas a objetos: ” ‘Horizonal’ é, portanto, apenas o lado virado para nós do espaço aberto que nos envolve. O aberto é preenchido com uma perspectiva (Aussicht) para o aspecto (Aussehen) do que aparece para a nossa representação como um objeto” (GH, 37/64). Horizont…
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Durchsichtig, si se traduce como “transparente”, podría interpretarse como invisible; para Heidegger siempre significa claro o perspicuo. (Dreyfus)
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ente, entidade Ein Seinendes se traduce de modo estándar como “una entidad”. Sin embargo, cuando Heidegger está describiendo los contextos cotidianos, es preferible usar un ser. En contextos filosóficos abstractos, y donde “un ser” puede confundirse con “el ser”, yo he mantenido una entidad. (Dreyfus)
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O impessoal é, certas vezes, substituído pelo “homem normal (Normalmensch)”, a “eterna média”, que “faz dos seus pequenos prazeres o padrão do que se deve considerar alegria (…), faz de seus fracos temores o padrão do que se pode considerar terror e medo (…), faz de sua repleta apatia o padrão do que se pode…
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O impessoal não é nem uma coisa boa nem uma coisa má. O impessoal deve-se ao nosso mundo comum, ao tempo que compartilhamos ou “tempo-do-’eles’ (tempo-in-pessoal) (’Man’-Zeit)” (CT, 17). Mas a “intrusão e a explicitação do seu domínio é historicamente variável” (SZ, 129). A explicação parcial de Heidegger sugere que, nos tempos modernos, este fenômeno…
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Heim é “lar, casa, habitação”. Esta palavra gera Heimat, “cidade natal, pátria” (cf. CH, 335/242). Gera também adjetivos como heimisch, que já significou “pertencente ao lar”, mas agora significa “nativo, local etc.” e também ” familiar, em casa”, no sentido de “estar ou sentir-se em casa em um lugar, em uma língua etc.”. Também heimlisch…
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Freiheit zum Tode é liberdade para morrer a sua própria morte, não influenciado pelo que os outros falam, fazem ou pensam. A ideia aparece em Rilke: “Senhor, dê a cada um sua própria morte,/ a morte que surge da vida/ em que cada um amou, compreendeu e quis./ Pois somos apenas casca e folha./ A…