Categoria: Gesamtausgabe

Para um autor que, ao conceber o rumo da sua Edição integral (Gesamtausgabe), a caracterizou com o lema Wege, nicht Werke (caminhos, não obras) … (Irene Borges-Duarte)

  • Toda determinação da essência do homem está suspensa na questão: como é que concebemos o ente na totalidade ao qual o ente – chamado homem – está enquadrado? Assim, a tarefa de demarcação essencial desse ente é salva e transportada para uma interpretação do ente na totalidade já realizada ou pouquíssimo pensada em suas condições…

  • 1) O que ele é? 2) Quem ele é? As próprias perguntas já são respostas, isto é, decisões. O que é o homem? Esta pergunta procura determinar o elemento quididativo e o determina como animalidade. Quem é o homem? Esta pergunta deve estabelecer o quem e – ? O quem só pode ser pensado propriamente…

  • 1) não é realizada por indivíduos quaisquer, mas por “singulares”, dis-tintos. Esses singulares, porém, pertencem como traçados ao seer, ainda menos do que toda e qualquer “comunidade” eles nunca são “por si” “de maneira ego-ísta”. 2) A experiência fundamental, por isto, também não é “realizada” no sentido de que seria ideada, imaginada e levada a…

  • A animalidade do homem (ζῷον, animal) conquista agora a sua vitória; o que não significa que agora tudo é pensado “animalescamente”. Por ser inequivocamente tosco, algo deste gênero também permaneceria inofensivo. Dizer que a animalidade vence significa: “corpo vital” e “alma” como as determinações iniciais e constantes (como quer que venhamos a concebê-las) do animalesco…

  • Mas decisão 1 é: se nós auscultamos e dizemos ou se nós nos arremetemos primeiramente, em um estranho esquecimento do ser, em direção à tarefa de extrair o homem do ente por um cálculo, ainda que por meio da hipótese de catástrofes; pois “catástrofe” permanece apenas uma locução se, desconhecendo acontecimentos apropriativos abissais das origens…

  • O “instante” é o repentino da queda de tudo aquilo que é fundável e que ainda resta sem ter sido jamais fundado na clareira do seer. O “instante” é o repentino do levante do homem em meio à insistência no entre dessa clareira. O “instante” não possui nada em comum com a “eternidade” do ente…

  • A essência do niilismo é o que é pensado em Ser e tempo, a partir da pergunta pela verdade do ser, e o que é determinado como a decadência no plano ôntico.1 Essa decadência não é tomada nem moralmente nem ainda teologicamente enquanto o pecado original secularizado. A decadência diz que o homem cai sob…

  • Cura [Sorge] e disposição [Stimmung] pensadas em função do ser-situado [Da-sein] e apenas assim; o ser-situado, porém, em função da verdade do seer. Προμηϑεύς, ο que cura – προμηϑέομαι 1 – se já se compreende isto, então não precisa ser dito muito sobre o “heróico” neste caso. “Cura” não tem nada a ver com aflição…

  • Ser pela graça da interpretação do homem, se não mesmo em geral um artefato humano – valor. A metafísica da subjetividade fala porém em favor do fato de o homem determinar a verdade e o ser (antropomorfia). Com certeza há o domínio sobre o ente, mas apenas a aparência de domínio sobre o ser. Então…

  • Certamente o que está em questão é: como é a entidade possível? A colocação da questão dá-se porém da seguinte maneira: qual é o “sentido” (o âmbito essencializante do esboço, o desvelado, a verdade) do ser? Mas por que se pergunta assim? Apenas para galgar o próximo estágio mais elevado da pergunta pela possibilidade? Não,…