Categoria: GA Temático

Extratos por temas e noções chaves das obras de Heidegger

  • Embora bastante curta, essa palestra (O que é metafísica? (GA9) ) é importante, tanto por reunir algumas das questões do inacabado Ser e Tempo quanto por apontar para o trabalho posterior, no qual a questão do Ser seria confrontada mais diretamente do que havia sido até então. A palestra em si é paradoxal e tipicamente…

  • Lo que esencia en el nihilismo es el permanecer fuera del ser en cuanto tal. En el permanecer fuera se promete él mismo en su desocultamiento. El permanecer fuera se entrega al dejar fuera del ser mismo en el misterio de la historia como la cual la metafísica mantiene oculta la verdad del ser en…

  • Tomemos como exemplo a frase: “O homem lava o carro”. Nessa frase “o homem” é sujeito, “o carro” é objeto e “lava” é predicado. O sujeito “o homem” irradia o predicado “lava” em direção ao objeto “o carro”. A frase tem, portanto, a forma (Gestalt) de um tiro ao alvo. O sujeito (“o homem”) é…

  • Enquanto que, para Husserl, a fenomenologia torna obsoleta a ontologia porque se ocupa, em seu lugar e melhor do que esta, do ente, para Heidegger, a fenomenologia eleva-se ao título de ontologia porque se desloca dos entes até o ser. A Hinsicht mudou radicalmente; ou melhor, a simples visão (Sicht) que só se pode fixar…

  • Jean Wahl, As Filosofias da Existência. Trad. I. Lobato e A. Torres. Publicações Europa-América, 1962. A TERCEIRA TRÍADE: ESCOLHA E LIBERDADE – NADA E ANGÚSTIA AUTENTICIDADE Podemos agora passar ao que será a terceira tríade: escolha e liberdade, nada e angústia, autenticidade e repetição. Vimos que a existência é tempo; agora vemos que é escolha…

  • Se a descoberta da fenomenologia foi decisiva para Heidegger, foi sobretudo pelo poder de problematização que ela despertou nele através do apelo único ou palavra de ordem (Ruf) da ausência de pressuposição, isto é, do retorno às próprias questões essenciais (zu den Sachen selbst! Husserl afirmava em 1910-1911), e não pela própria substância das preocupações…

  • A ideia de lugar — de topos — perpassa o pensamento de Martin Heidegger quase desde o início. Embora nem sempre seja tematizada diretamente — às vezes aparentemente obscurecida, até mesmo deslocada, por outros conceitos — e expressa por meio de muitos termos diferentes (Ort, Ortschaft, Stätte, Gegend, Dasein, Lichtung, Ereignis)1, é impossível pensar com…

  • (…) Dentro das tradições fenomenológica e hermenêutica, a ideia da inseparabilidade das pessoas dos lugares que habitam é um tema especialmente importante no trabalho de Martin Heidegger. Embora Ser e Tempo, de Heidegger, forneça uma análise um tanto problemática do papel da espacialidade e, portanto, também do lugar na estrutura da existência humana (ou propriamente…

  • O ser de todo ente, o que pode ser chamado de sua entidade — die Seiendheit, os gregos o chamavam de οὐσία. Sabemos que Platão determina οὐσία em termos de εἶδος ou ἰδέα. Também sabemos que a palavra ideia designa, antes de tudo, a face, a forma ou o tipo de todas as coisas. Por…

  • A partir desta exploração fenomenológica heideggeriana, nosso trabalho visa extrair e esclarecer um elemento específico: o fenômeno da morte, que é um dos temas centrais de Ser e Tempo, tanto em termos de sua situação real no contexto da obra quanto em termos de seu escopo temático fundamental. De fato, o problema da morte está…

  • Heidegger primeiro extrai aqui o significado ontologicamente metafísico do a priori. De fato, a metafísica, e somente a metafísica, determina o ser do ente como aquilo que é, de alguma forma, anterior ou primeiro, não em relação a nós — πρότερον πρὸς ἡμας — mas em espécie, isto é, em relação ao ser ou à…

  • Quando nos voltamos para as Contribuições (GA65) em si, não importa o quanto conheçamos as palestras (de Heidegger), descobrimos que o estilo do livro reforça seu esoterismo — tanto que, embora o texto tenha sido publicado, seu significado dificilmente pode ser considerado público. Considere o segundo parágrafo do §I. Ele nos adverte desde o início…

  • Mas há uma questão mais fundamental: qual é a fonte do próprio ser? Os entes nos são dados graças ao ser, mas o próprio ser também nos é dado. Ele está disponível para nós, pois podemos reconhecê-lo e tentar descrevê-lo. Como temos acesso a ele? Chegamos agora a uma problemática mais distintamente heideggeriana. Argumentarei que…

  • Mas esse duplo desdobramento do ser e do ente como sobrevir descobridor e surgir encobridor, esse movimento da diferença que é a própria diferença em movimento, a diferenciação dos dois, tem, a partir de então, a consequência de que não é apenas o ser que, como uma passagem “em direção” ao ente, é pensado como…

  • Em vez do colapso localizado de ferramentas específicas, a ansiedade marca o colapso do significado do mundo como um todo. Mas, como diz o idioma chinês, essa crise também é uma oportunidade, uma oportunidade fenomenológica nesse caso. Assim como os colapsos nos permitem ver o equipamento que era imperceptível, a individualização do Dasein pela ansiedade,…

  • Em primeiro lugar, como já enfatizamos, a angústia tem um nome, uma vez que ela atinge o nada como nada sendo apenas por meio de uma certa relação, reconhecidamente singular e negativa, com os entes. A angústia é, portanto, ainda um afeto, enquanto o sentimento não tem outro nome além de si mesmo, é um…

  • Gewalt Em que consiste exatamente esta fratura que revela o homem como um “fazedor-de-violência”? Heidegger nos diz que o fazer-violência consiste em reunir o que é experimentado como algo que nos ultrapassa, chamado de “predominância” (Walten) do ser, e “pro-duzi-lo em uma patência”, ou seja, trazê-lo para uma abertura. Pois “o pro-duzir (pro-ducere) se move…

  • Erschliessung, Erschlossenheit Offenheit, das Offene, “abertura, o aberto”, são frequentemente usados para o mundo, ou um segmento do mundo O desvelar/descerrar (Erschlossenheit) do Dasein e do mundo. A ideia é que os entes só podem estar disponíveis para o comportamento com base num desvelar/descerrar prévio do mundo como a estrutura significativa dentro da qual os…

  • Mas se os gregos pensavam sobre a essência do homem sem desenvolver uma doutrina sobre o assunto, qual é então a maneira pela qual a essência do homem aparece para eles? Citando uma passagem do primeiro coro da Antígona de Sófocles 1, Heidegger afirma que, para o pensamento mais antigo, “o homem é, em uma…

  • Esses versos, originalmente escritos e reunidos em um volume por volta de 1907, prestam-se inequivocamente a uma interpretação heideggeriana: É uma tarde triste e cinzenta, abandonada, como minha alma; e é essa velha angústia que habita minha hipocondria habitual. Não consigo nem mesmo entender vagamente a razão dessa angústia. nem mesmo vagamente entendê-la; mas eu…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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