Categoria: Fenomenologia (Hermenêutica)

Fenomenologia, Hermenêutica e Fenomenologia Hermenêutica

  • Excertos de “Aprendendo a pensar”, Tomo I. A pergunta decisiva agora é saber o que é ensinar e aprender. Ao ouvir a pergunta e sentir-lhe a necessidade, poderemos facilmente pensar que a resposta só pode ser dada pela ciência. Mas só poderemos pensar assim, se e enquanto em nosso empenho de perguntar e desempenho de…

  • Excertos de “Aprendendo a pensar”, Tomo I. “Na Froehliche Wissenschaft, gaia ciência, diz Nietzsche que a filosofia vive nas geleiras das altas montanhas, tendo por única companhia o monte vizinho, onde mora o poeta. No país da ciência, a filosofia aparece como uma montanha solitária, envolta numa luz marginal. Por isso toda vez que ela…

  • (RMAP:217-221) A empatia é um ato que capta um indivíduo como um outro eu. Em resumo, “vemos” os outros como nossos semelhantes. É necessário refletir sobre o significado desse “como”. Ao fazê-lo, responderemos à outra questão que levantamos: após a questão da relação entre a percepção psicológica e a percepção sensorial, a questão da relação…

  • (RMAP:226-228) […] Consideramos o rosto — no sentido amplo — das pessoas: a presença pessoal, a subjetividade que vemos de fora. Não aquela, no entanto, que se vive de dentro. Pelo menos ainda não. A empatia percebe uma vida de fonte, mas não é essa vida de fonte: sente a alegria e a dor do…

  • (JEVH) A problemática da constituição do espaço é, após a do tempo, a segunda com a qual a estética transcendental deve lidar, pois corresponde aos níveis mais básicos em que a intencionalidade se desenvolve, mas onde, além de seus vividos que se sucedem no fluxo que lhe é puramente imanente, ela vê se delinearem, diante…

  • (JEVH) Einfühlung designa o fato de experimentar um sentimento (fühlen) que faz com que se penetre (ein) na própria compreensão daquilo a que ele se refere. Esse termo foi traduzido às vezes como [36] intropatia, outras vezes como empatia, sem que seja possível decidir verdadeiramente entre essas duas soluções, já que ambas têm o mérito…

  • (Depraz1992) Todas as proposições que atendem a essa exigência de não pressuposição devem permitir “uma justificação fenomenológica adequada, portanto, um preenchimento pela evidência no sentido mais rigoroso do termo” 1. Além disso, trata-se de nunca “apelar posteriormente a essas proposições senão com o sentido no qual foram estabelecidas intuitivamente” 2. Já em 1901, portanto, a…

  • (RMAP:230-235) Observar, por exemplo, uma cor, uma forma, a consistência de um corpo para registrar esses dados antes de uma experimentação física, tudo isso normalmente não é fazer uma experiência de si mesmo — a não ser acidentalmente, quando se descobre, por exemplo, que se é daltônico ou míope, etc. Executar um cálculo também não…

  • (RMAP:235-237) Que eu existo, que existo como sujeito, percebo isso toda vez que algo me toca e toda vez que me decido a fazer isto ou aquilo. Que eu existo, sei, percebo vividamente nesses momentos, sinto confusamente sempre, pela alternância das minhas variações de estado — fome, [236] sono, frescor, fadiga, mal-estar e bem-estar —…

  • (RMAP:243-244) É numa camada mais profunda do sentir, a dos sentimentos dos valores, que cada um encontra a si mesmo. É preciso medir a diferença entre esses sentimentos que se referem a bens distintos de si mesmo e os estados em que nos encontramos. É necessário, por exemplo, distinguir o fato de sentir dor ou…

  • (RMAP:221-224) No início desta meditação, destacamos a analogia entre a percepção psicológica dos outros e a de si mesmo. São experiências do mesmo tipo, da subjetividade propriamente dita. Mas são experiências fenomenologicamente, “noeticamente” diferentes. São precisamente dois modos diferentes de “preenchimento” intuitivo da mesma ideia. Eu vivo a mim mesmo, mas apenas “re”-vivo o Erleben…

  • Alexandre Fradique Morujão, Significado e Estrutura da Redução Fenomenológica. Biblos LVI Capítulo IV O PROBLEMA FENOMENOLÓGICO DO MUNDO § 20. Problematicidade e apodicidade do mundo Os capítulos anteriores tiveram por finalidade apresentar o processo do pensamento husserliano que culmina nas teses das Meditações Cartesianas. O objetivo inicial da meditação de Husserl fora, incontestavelmente, o de…

  • Alexandre Fradique Morujão, Significado e Estrutura da Redução Fenomenológica. Biblos LVI Capítulo IV O PROBLEMA FENOMENOLÓGICO DO MUNDO § 21. Mundo como horizonte e mundo como substrato A análise do modo de se dar da coisa material ou, correlativamente, a maneira como o sujeito capta a coisa material que se manifesta, foi levada a efeito,…

  • (RMAP:151-155) Todas as manifestações de uma pessoa, como dissemos, não são “pessoais”: várias manifestações exibem uma identidade qualitativa substancial de pessoa para pessoa. Essa é mais uma dessas distinções que saltam aos olhos assim que nos ocorre procurá-las. Os efeitos de uma má memória, por exemplo, ou de uma audição ruim, são idênticos em todos…

  • Aprendendo a pensar II Para Aristóteles, uma única questão definiu desde sempre o estatuto do Pensamento Filosófico em tudo que ele pensa: a questão da realidade realizando-se nas realizações do real. O primeiro capítulo do Sétimo Livro da Metafísica nos lembra: E assim, pois, o que tanto outrora, como agora, como em qualquer hora se…

  • Carneiro Leão, “As Confissões de Santo Agostinho: uma caminhada da libertação”, Aprendendo a pensar II. Cristandade não se confunde com Cristianismo. A Cristandade é a graça da libertação no advento da “liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21). O Cristianismo vive da Cristandade para organizar e impor padrões fixos de comportamento nas ordens, nos rituais,…

  • (RMAP:86-88) Em alemão, “consciência” é traduzida como Bewusstsein. Esse termo, embora seja um substantivo, mantém a forma predicativa do particípio, como se disséssemos “o ser” — o predicado em questão sendo o do objeto que nos é presente, em vez do sujeito que dele tem consciência 1. Esse ser presente (bewusst) de uma coisa corresponde,…

  • (RMAP:237-238) […] O que significa, em última análise, conhecer a si mesmo? É no sentir que nos encontramos a nós mesmos, como vimos. No entanto, um encontro é apenas um limiar, o início de um possível percurso de conhecimento. Mas também vimos que somos dados a nós mesmos na ação, ou por meio dela. Só…

  • (RMAP:238-239) O que “se vive” no domínio dos sentimentos sensoriais — prazer e dor “físicos” inerentes às sensações — é a “superfície” ou o “exterior” do ser próprio: as partes do corpo onde esses sentimentos sensoriais estão localizados, mas, de maneira mais geral, as [239] partes do corpo que estão envolvidas no exercício das funções…

  • Índice 1. A imagem 2. A imagem técnica 3. O aparelho 4. O gesto de fotografar 5. A fotografia 6. A distribuição da fotografia 7. A recepção da fotografia 8. O universo fotográfico 9. A urgência de uma filosofia da fotografia O presente ensaio é resumo de algumas conferências e aulas que pronunciei sobretudo na…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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