Categoria: Fenomenologia (Hermenêutica)
Fenomenologia, Hermenêutica e Fenomenologia Hermenêutica
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(Raffoul2010) O que o pensamento de Heidegger revelou em relação à responsabilidade é que ser responsável significa assumir algo inapropriável: o chamado da consciência manifesta um ser-culpado irredutível; ser propriamente si mesmo é projetar-se resolutamente em direção a esse ser-culpado; o chamado do Ereignis vem de um retraimento, indicando uma expropriação ou Enteignis no coração…
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(Casanova2014) […] O sentido do termo história, porém, não se confunde em Heidegger com a análise metodologicamente fundada dos eventos do passado em seus traços estruturais específicos. Uma verdadeira confrontação histórica não se atém ao passado como aquilo que se encontra distante do presente e do futuro, mas se liga incessantemente àquela dimensão do passado…
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(Casanova2014) Em nossas compreensões medianas, tendemos a pensar que o horizonte de realização da interpretação já se encontra desde o princípio dado nos textos e que a tarefa da interpretação poderia ser, com isso, reduzida ao movimento atento de acompanhamento da relação causal entre as diversas proposições aí existentes com vistas à apreensão do sentido…
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(Casanova2014) Este é o ponto central que gostaria de acentuar uma vez mais ao final desta pequena apresentação: a interpretação heideggeriana de Nietzsche se constrói em sintonia com a sua concepção da metafísica da técnica contemporânea. Sua concepção da metafísica da técnica é a base de sustentação de afirmações tais como: a filosofia de Nietzsche…
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Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. [b]Prefácio à edição portuguesa (1)[/b] Haverá um conhecimento objectivo de uma obra literária, conhecimento certo, a distinguir de opiniões subjectivas e erradas? Roman Ingarden faz a pergunta no § 61 deste…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva (2) Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. [b]§ 1. Ingarden e Husserl[/b] Ingarden foi discípulo de Husserl em Göttingen, a partir de 1909 aproximadamente, e segue-o…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva (3) Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. [b]§ 2. O debate entre Realismo e Idealismo[/b] O contributo mais original de Ingarden em fenomenologia é talvez constituído…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 3. Psicologismo, antipsicologismo, fenomenologia § 3. Psicologismo, antipsicologismo, fenomenologia A crise das ciências é um fenômeno bem conhecido que…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 4. A teoria dos estratos § 4. A teoria dos estratos Impossível passar em silêncio, neste Prefácio, a famosa…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 5. A teoria husserliana do signo linguístico § 5. A teoria husserliana do signo linguístico Na última nota citada…
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Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 6. Percepção e significação § 6. Percepção e significação A.-J. Greimas escreve na Sémantique structurale que a percepção é «o lugar não linguístico onde se situa a apreensão da significação»…
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A obra de arte literária – Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 7. Estratos e funções da linguagem § 7. Estratos e funções da linguagem Reúnam-se alguns fios que ficaram soltos…
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Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 8. Para uma estética de intuição § 8. Para uma estética de intuição Escrevemos no início deste Prefácio que o presente livro de Ingarden nos dá, ao mesmo tempo, menos…
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Júlio Fragata, A Fenomenologia de Husserl como Fundamento da Filosofia. Livraria Cruz, 1959 CAPITULO II A EVIDÊNCIA APODÍTICA 3. — OS GRAUS DE INTUIÇÃO E A EVIDÊNCIA APODÍCTICA A intuição, como acabamos de considerar, é especificada pela diversidade do objeto; o seu grau de perfeição determina-se pela posse mais ou menos plena do mesmo. Após…
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Júlio Fragata, A Fenomenologia de Husserl como Fundamento da Filosofia. Livraria Cruz, 1959 CAPITULO II A EVIDÊNCIA APODÍTICA 2.— ESPÉCIES DE INTUIÇÃO A intuição adquire para Husserl diferentes modalidades a partir da diversidade dos objetos a que se refere, em relação aos quais se pode dizer fundamentalmente especificada: «A cada espécie fundamental de objetividades ….…
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Edições da Revista “Filosofia” Lisboa, 1961 Apresentamos aqui um resumo geral, quase esquemático, dos traços fundamentais do pensamento filosófico de Husserl. O motivo que nos levou a esta elaboração foi o fato de termos verificado que, mesmo atualmente, é raro encontrar-se, nos compêndios de História da Filosofia, uma exposição que tenha suficientemente em conta os…
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(Monticelli1997:208) O outro traço fundamental da noção de autos é aquele que se opõe ao caráter do hetero, manifestando-se na oposição entre autonomia e heteronomia. As vivências que constituem este outro aspecto do ser-sujeito — que “preenchem” este significado fundamental do termo — são as ações através das quais nos experimentamos como causa dos efeitos…
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(Monticelli1997:207-208) Deveríamos ter usado, em vez de “sofrer”, a palavra que o Petit Robert considera arcaica – “padecer” – que expressa com muito mais abrangência um dos dois traços relevantes das vivências originárias do ser próprio: a afetividade. “Originárias” no sentido de que estas vivências são a fonte (origem) do conteúdo intuitivo da ideia de…
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(Monticelli1997:199-203) “Uma vida mais vasta e mais plena”… Que significado podem ter para nós essas palavras do jovem filósofo a quem o estudo anterior foi dedicado? Podemos lhes atribuir um sentido que não seja meramente retórico? O sopro da vida é a alma: tal é o significado originário da palavra grega psyché, assim como da…
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(RMAP:200-203) […] preencher com conteúdo fenomenológico os dois aspectos que a meditação de ontem nos indicou como características da realidade pessoal: a subjetividade e a individualidade essencial. De fato, se essas duas categorias abarcam respectivamente, por assim dizer, a aparência e a essência, o rosto e a alma do que somos, elas devem conter o…