Categoria: Fenomenologia (Hermenêutica)

Fenomenologia, Hermenêutica e Fenomenologia Hermenêutica

  • Na doutrinação, trata-se de aprender uma ciência no seu estado atual da constituição, em todas as suas informações e práxis, a modo de dominar todo seu funcionamento; mas não se tem a preocupação temática de investigar, como no caso do estudo intelectual, as suas pressuposições metódicas, as proveniências de seus conceitos fundamentais, a fundamentação de…

  • (…) Para metafísicos como São Tomás de Aquino e Duns Scotus, a intuição do ser é uma cognição intelectual que garante que a metafísica tenha um assunto definido que possa ser conceituado com mais precisão. Heidegger inicia “Tempo e Ser” (GA14) afirmando que seu pensamento também tem uma “matéria”. No entanto, ele difere de Aquino…

  • Na operação dos chips aparece com toda a clareza desejável a oposição dos discursos técnico-científicos e dos percursos científico-técnicos a todos os demais discursos e percursos possíveis. A Essência técnica do conhecimento científico surge, então, como alavanca de Arquimedes, que desloca e empurra história abaixo a avalanche da informática. A técnica já não pode ser…

  • Respondendo a interlocutor que o interpela sobre seu “remar contra a correnteza” em termos de “História da Filosofia”, Eudoro de Sousa afirma seu: “… meu decidido e radical antipositivismo, ou seja, a oposição (proveniente, talvez da minha irredutível subjetividade) a tudo quanto, de longe ou de perto, lembre a tão famosa quanto funesta lei dos…

  • (V. fala da necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Que o levou a senti-la?) Eu não falo na necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Ou, se falo, mais uma vez me apressei demasiadamente; só digo que se poderia construir uma teoria dramática do conhecimento. Com efeito, parece-me por demais incoerente que…

  • Hermógenes Harada, “De Estudo, Anotações Obsoletas”

  • Preocupação com questões urgentes da “existência fáctica” e problemas de história da metafísica. Relações entre decadência do Ocidente no niilismo e declínio da humanidade ocidental na compreensão do ser. A tese Jünger de que a Gestalt do trabalhador mobilizava o planeta em um frenesi técnico, similar a Spengler, Scheler e outros. Jünger expressa melhor a…

  • O perigo em que se encontra o «sagrado coração dos povos» do Ocidente não é o de estar em declínio, mas é o de que nós entregamo-nos à extravagância, emaranhamo-nos a nós mesmos à vontade da modernidade e impulsionamo-la. (GA55:181) Para Martin Heidegger, a «modernidade» constituía o estágio final da história do declínio do Ocidente,…

  • As concepções de espaço e tempo desenvolvidas pelo início da física moderna também tornaram possível conceber o “trabalho” de uma nova maneira: como o produto da força e da direção dividido pelo tempo. Portanto, “a realidade nada mais é do que o quantum de trabalho”. (GA33: 48) O trabalho, por sua vez, passou a ser…

  • Usualmente ratio se traduz para o português em vários termos, entre si afins, como: razão, o porquê, o móvel, o motivo, a finalidade, a meta, o fundamento, o principio, a causa. Todos esses termos querem dizer o mesmo, sem poderem dizê-lo por completo, num único termo. O presente documento traduz ratio por compreensão essencial. E…

  • Estudo é a palavra portuguesa para o latim studium. De imediato, por estudo e estudos costumamos entender conhecimento ou conhecimentos adquiridos. Mas logo percebemos que para sua aquisição o conhecimento ou os conhecimentos adquiridos pressupõem longo e grande trabalho de aplicação. A palavra latina studium indica esse esforço de aplicação e significa empenho, dedicação ao…

  • A palavra skholé hoje significa ócio, estar livre de negócios, tempo livre, lazer. Em latim se diz então otium. O contrário do otium é nec-otium (non-otium), donde vem a palavra negócio. Skholé vem do verbo skhein, ekhó, e significa propriamente ater-se, estar no vigor da atinência. Portanto, originariamente tanto skholé como otium não se referem…

  • A palavra autonomia é grega e se compõe de auto e nomia. E significa independência, liberdade, o modo de ser dos que vivem segundo a sua própria lei. A palavra auto significa mesmo, em si, por e para si, pessoalmente, a partir de si. Mas propriamente auto indica um movimento, o movimento que podemos circunscrever…

  • A palavra sistema (sistematização, sistemático) tornou-se para nós sinônimo para indicar um conjunto fechado em si, com estruturas fixas, preestabelecidas ou fossilizadas, onde é exígua a possibilidade de uma vida livre, onde a criatividade, a originalidade, a abertura de novos horizontes são abafadas. Essa compreensão do sistema não está errada, pois na maioria dos casos…

  • Mas Husserl não é justamente famoso por ir além do conceito de um eu atemporal? Na subjetividade, ele faz distinção entre o substrato e a mônada. O eu é o “substrato idêntico de propriedades duradouras” (Cartesianische Meditationen, op. cit. p. 101), o substrato de posses habituais, de modalidades adquiridas de consciência. Assim, o mundo dos…

  • “Husserl aborda a questão do ser no sexto capítulo da Sexta Investigação Lógica, com a noção de intuição categorial” 1. Uma intuição é o corolário do dar, assim como o receber é o corolário do dar. Em uma intuição categórica, o que é dado? Uma categoria, por exemplo, a de substância. Mas como uma categoria…

  • A dimensão performativa do pensamento de Heidegger é já percetível nos seus primeiros escritos. É inseparável do projeto de uma “hermenêutica da facticidade” (que é o título de um curso de 1923 publicado como GA63 (1988) e traduzido como Heidegger, Ontologia: Hermenêutica da Facticidade) — isto é, de uma compreensão da existência que permanece inerente…

  • Podemos começar com o mesmo caso especial que o próprio Heidegger: o equipamento intra-mundano (innerweltlich) quotidiano. É neste contexto que ele introduz os outros dois verbos lassen mencionados acima: bewenden lassen e begegnen lassen. Mas não é assim tão difícil perceber como é que estes funcionam, desde que tenhamos cuidado com o resto da terminologia.…

  • Dizer que este método é grego é dizer que é filosófico e que é ordenado por aquilo a que Husserl chamou nas Investigações Lógicas “o princípio da ausência de pressuposição”. O método cartesiano, por outro lado, é matemático: em vez de deixar que o que se mostra seja puramente presente, ele é medido por evidências…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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