Categoria: Fenomenologia Hermenêutica
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(…) Porque é que o amor é espalhado aos ventos, porque é que lhe é negada uma racionalidade erótica, porque é que é enquadrado no horizonte do ser? A resposta não está longe: porque o amor é definido como uma paixão e, portanto, como uma modalidade derivada, ou mesmo opcional, do “sujeito”, ele próprio definido…
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Atualmente, fala-se muito em narrativas. Paradoxalmente, o uso inflacionário de narrativas revela uma crise narrativa. Em meio a um barulhento storytelling, há um vácuo narrativo que se manifesta como um vazio de sentido e como desorientação. Nem o storytelling nem a guinada narrativa serão capazes de ocasionar o retorno da narração. A tematização específica de…
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II — Sans préjudice, bien au contraire, pour une certaine unité historiale et essentielle de l’ontologie fondamentale comme « projet », le mot FUNDAMENT, dont voici l’ensemble des occurrences: infra, pp. 3, (4), (61), (71), (78), (79), (162), (224), (293-294), (307), (328-329), (336), (338), (354), (355) (cf. N.d.T.), (357-358), (402), ne pouvait être traduit unitairement,…
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Contrariamente a todas as filosofias da natureza e da vida, nomeadamente as de Bergson e Dilthey, a fenomenologia do Dasein rejeita a evidência de um parentesco primordial ou de uma fusão do homem com a “substância viva”. A partir de que princípio? A natureza e a vida só são acessíveis num mundo, o do Dasein.…
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Que comporta uma antropologia filosófica? Que é isto, em geral, uma antropologia e como ela se torna filosófica? Antropologia quer dizer ciência do homem. Compreende tudo aquilo que pode ser explorado da natureza do homem enquanto é um ser constituído de um corpo, de uma alma e de um espírito. O domínio da antropologia não…
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Somos no mundo, logo habitamos em uma região que nos torna manifesto o mundo junto ao qual podemos ser. Há duas significações do conceito de mundo em Heidegger: por um lado o mundo que mundaniza, e por outro lado o mundo que é mundanizado por esta mundanização. É porque estamos em ligação fundamental com o…
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O primeiro destes reptos foi, sem dúvida, aquele que o próprio uso do termo Dasein por Heidegger constitui. E hoje cada vez mais habitual contornar a dificuldade, deixando o termo por traduzir 1, com base em razões, fundamentalmente, de dois tipos: o primeiro, negativo, para evitar conotações desviadas ou espúrias (principalmente, a versão “óbvia” durante…
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Quem se iniciar no estudo da «filosofia da existência» depara com duas novidades: a primeira, é a linguagem especial adotada, pelos seus escritores, e a segunda o facto de as suas obras, mesmo as mais importantes, não revestirem a forma tradicional de ensaio ou de tratado, e pertencerem antes à literatura de ficção, sob a…
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Étant donné (Siendo dado) – esta expresión parece ir de suyo. La comprensión espontánea se alia fácilmente a la lectura erudita para añadir un artículo a la primera palabra y poder leer así “l’étant donné” (el ente dado), considerando “(l’) étant” [ (el) ente] como un sustantivo y concluyendo simplemente que lo que es, a…
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O descobridor do papel do perdão no domínio dos assuntos humanos foi Jesus de Nazaré. O fato de que ele tenha feito essa descoberta em um contexto religioso e a tenha enunciado em linguagem religiosa não é motivo para levá-la menos a sério em um sentido estritamente secular. É da natureza de nossa tradição de…
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The overall philosophical theme or issue of Contributions is the same as in Being and Time, namely the question of being which remains the horizon of Heidegger’s philosophical pursuits throughout his life. But as Being and Time pointed out in its introductory sections, the question of being is the most general and therefore in a…
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A “vida” não é uma estrutura existencial do Dasein. E, no entanto, o Dasein morre. De fato, até nasce para esse fim: o nascimento é um dos dois fins de uma existência final ou finita — Dasein natal, Dasein fatal. A este respeito, Heidegger acolhe o testemunho de um camponês medieval da Boêmia, que ficou…
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A filosofia da vida compreende-se como uma filosofia da vida no sentido do genitivo subjetivo: ela não filosofa sobre a vida, mas é a própria vida que filosofa nela. Como filosofia, ela quer ser um órgão dessa vida; quer intensificá-la, abrir-lhe novas formas e figuras. Não quer apenas descobrir quais valores valem, mas é suficientemente…
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(…) O tema da fenomenologia não é simplesmente a vida fáctica — este é o domínio abrangente dividido por todas as outras ciências — mas a vida como surgindo da origem, no seu “salto primordial” para o fáctico. A vida fáctica é assim perseguida numa direção inteiramente nova. A fenomenologia quer encontrar a origem da…
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S’il est pertinent de lire, dans Qu’est-ce-qu une chose ?, une invitation à interpréter Etre et Temps suivant le fil conducteur de l’apprentissage des usages, c’est au cœur de l’ustensilité qu’il convient de chercher l’émergence du mathématique. L’usage se montre à partir de l’étant disponible (ou utilisable, Zuhanden). Le disponible est accessible à partir du…
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S’adressant à Kojima Takehico dans les années 1963-1965, Heidegger écrit : «…par la présente lettre, il s’agit uniquement de reconnaître le fait suivant : que c’est précisément le regard en direction de l’interpellation, c’est-à-dire en direction du propre de la technologicisation du monde, qui montre un chemin vers le propre de l’homme, qui distingue son…
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Logo depois da sua chegada em Marburg, Heidegger assistiu a uma conferência de Eduard Thurneysen, que era um dos teólogos dialéticos reunidos em torno de Karl Barth. Para Gadamer a intervenção de Heidegger ficou inesquecível, pois o que ele dizia não contrariava o espírito do lugar mas aquilo que os boatos diziam sobre Heidegger em…
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De início, porém, com o discurso sobre a hermenêutica da facticidade, o que se designa para Gadamer é a virada decisiva de Heidegger contra a fenomenologia de Husserl. Com o seu título programático, Heidegger contrapôs a essa fenomenologia uma “exigência paradoxal”: “A facticidade impassível de ser fundamentada e derivada que é própria ao ser-aí, a…
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Na maioria das vezes falamos do mundo em duas significações: “mundo” é ou bem o conjunto daquilo que é, ou bem a conexão peculiar da vida humana. Esta segunda significação pode ser pensada em contraste com a vida religiosa, de modo que o mundo se mostra como a conexão da vida meramente humana, apartada de…
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(…) O λόγος deve ser entendido através do “tudo é um” de Heráclito. O Hen Panta é um sinal privilegiado que nos dá a ouvir o que é o λόγος. Não identifica o λόγος com o que afirma, ou seja, com o ente. Também não diz qual o sentido que o λόγος nos dá a…