Categoria: Fenomenologia (Hermenêutica)

Fenomenologia, Hermenêutica e Fenomenologia Hermenêutica

  • Caron2005 O mais importante na abordagem da origem da subjetividade não é constatar como ela se desdobra e a partir de qual instância, mas ir além dessa própria instância para captar o que torna possível tal comportamento: é preciso retornar à fonte da singularidade dos comportamentos fundamentais da subjetividade e praticar um método de acesso…

  • Caron2005 Em 1922, por exemplo, vemos o desejo muito explícito de estabelecer essa visibilidade, que Husserl afirma ser um princípio impensado da exegese, e a determinação de descobrir o campo de possibilidade de qualquer tentativa de exegese ou interpretação em si mesma: “Toda interpretação tem, dependendo de seu campo de realidade e de sua pretensão…

  • Caron2005 Heidegger esclarece (SZ:199n) que a primazia dada ao “cuidado” (Sorge) na interpretação da estrutura do eu provém “de suas tentativas para interpretar a antropologia agostiniana—isto é, greco-cristã—em relação aos fundamentos postos na ontologia de Aristóteles”. O cuidado é, de fato, a maneira como o eu toma consciência de si mesmo enquanto tendo a si…

  • Caron2005 Como demonstrado no curso de 1921 sobre Santo Agostinho e o neoplatonismo, e como confirmado por uma nota em Ser e Tempo, que indica uma dupla “influência” de Santo Agostinho e Aristóteles sem mencionar Husserl, Heidegger aprendeu com o que chama em 1926 de “antropologia agostiniana” as exigências pelas quais toda abordagem da essência…

  • PARROCHIA, Daniel. La forme des crises: Logique et épistémologie. Seyssel: Champ vallon, 2008. […] gostaríamos de demonstrar que Husserl (independentemente da pertinência de seu diagnóstico ou dos erros que possa ter cometido) está plenamente dentro de seu tema, que não poderia estar mais próximo da história do que está, e que A Crise das Ciências…

  • Bochenski1962 Os objetos intencionais do sentir (intentionale Gegenstände des Fühlens) são ο a priori do emocional: são os valores. O entendimento é cego para eles, mas eles são dados imediatamente ao sentir intencional, como as côres à visão. São a priori. Scheler leva a cabo uma crítica demolidora, por um lado, de toda espécie de…

  • Bochenski1962 Existem no homem três espécies de saber. A primeira é o saber indutivo das ciências positivas. Baseia-se no instinto de dominação e nunca chega a leis compulsivas. Seu objeto é a realidade. Scheler admite a existência da realidade, mas afirma com Dilthey que um ser puramente cognoscente não teria realidade, porque a realidade é…

  • Bochenski1962 Entre os filósofos que receberam a influência de Husserl, Max Scheler ocupa lugar de destaque, graças a sua originalidade e a seus dotes especulativos. Nascido em Munique, em 1874, foi discípulo de Eucken, ensinou primeiramente nas universidades de lena e de Munique e, desde 1919, na de Colônia. Desta foi chamado para a universidade…

  • J.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Gallimard, 1943, pp. 11-12 et 14. Tr. Paulo Perdigão VIDE Análise de Florent Gaboriau Certo é que se eliminou em primeiro lugar esse dualismo que no existente opõe o interior ao exterior. Não há mais um exterior do existente, se por isso entendemos uma pele superficial que dissimulasse ao…

  • J.-P. Sartre, Merleau-Ponty vivant, in Les Temps modernes, 1961, n. 184-185, pp. 363-365. Foi uma descoberta do coração: a prova é que impressiona pela sua densidade sombria. Vou contar-vos como ele (= Merleau-Ponty) me falou disso, há cerca de dois anos: o homem é retratado nestas palavras, subtil, lacónico, enfrentando os problemas de frente quando…

  • P. Ricœur, Finitude et Culpabilité, I, L’homme faillible, Aubier, 1960, pp. 55-57. O que é a coisa? É a unidade já realizada num vis-à-vis da palavra e do ponto de vista; é a síntese tal como é operada a partir do exterior. Esta síntese, na medida em que está num vis-à-vis, tem um nome: objetividade.…

  • P. Ricœur, Philosophie de la volonté, Aubier, 1950, pp. 12-15. 1. Esta reconquista pode muito bem basear-se no Cogito de Descartes, mas Descartes agrava a dificuldade ao relacionar a alma e o corpo com duas linhas de inteligibilidade heterogéneas, ao remeter a alma para a reflexão e o corpo para a geometria: institui assim um…

  • P. Ricœur, Finitude et Culpabilité, I, L’homme faillible, pp. 127-129. A trilogia das paixões da posse (Habsucht), do domínio (Herrschsucht) e da honra (Ehrsucht) é, desde o início, uma trilogia das paixões humanas; desde o início, requer situações típicas de um ambiente cultural e da história humana. Os tratados tomistas e cartesianos [sobre as paixões]…

  • J.-P. Sartre, Esquisse d’une théorie des émotions, Hermann, 1939, p. 3-6. “A psicologia é uma disciplina que se pretende positiva, ou seja, que retira os seus recursos exclusivamente da experiência. Já não estamos certamente no tempo dos associacionistas, e os psicólogos contemporâneos não são avessos à interrogação e à interpretação. Mas eles querem estar diante…

  • A. de Waelhens, La Philosophie de Martin Heidegger, Louvain (Inst. Sup. de PhiL), 1942, nas páginas indicadas no texto. Pergunta-se como uma filosofia que deseja praticar um método descritivo adquire o direito de decidir, antes de qualquer descrição, que o fundamento dos fenômenos permanece, à primeira vista, geralmente oculto. Da mesma forma, não se vê…

  • E. Husserl, Idées directrices pour une Phénoménologie, I. I. § 3, Trad. P. Ricœur (Gallimard, 1950), p. 19-24. Primeiramente, a palavra “essência” designava aquilo que, no íntimo mais profundo de um indivíduo, se apresenta como seu “Quid” (sein Was). Ora, esse Quid pode sempre ser “posto em ideia”. A intuição empírica (erfahrende) ou intuição do…

  • P. Ricœur, Platon et Aristote, Centre de Documentation Universitaire (Sorbonne), p. 145-147. É necessário mostrar primeiro como se articulam as duas leituras da Metafísica: a leitura de Werner Jaeger, que busca redescobrir a ordem da descoberta, a ordem cronológica das teses de uma Urmetaphysik platônica, e a ordem da exposição, aquela que Aristóteles queria para…

  • J.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Gallimard, 1943, p. 720 ss. A ontologia não pode formular de per si prescrições morais. Consagra-se unicamente àquilo que é, e não é possível derivar imperativos de seus indicativos. Deixa entrever, todavia, o que seria uma ética que assumisse suas responsabilidades em face de uma realidade humana em situação.…

  • J.-P. Sartre, Les Mots, Gallimard, 1964, p. 38-39. A biblioteca continha basicamente os grandes clássicos da França e da Alemanha. Havia também gramáticas, alguns romances famosos… Um universo modesto. Mas o Grande Larousse me servia de tudo: eu pegava um volume ao acaso, atrás da escrivaninha, na penúltima prateleira – A-Bello, Bello-Ch ou Ci-D, Mele-Po…

  • Jean-Paul Sartre, Critique de la Raison dialectique, Gallimard, 1960, p. 456-457. A ligação imediata entre liberdade e restrição deu origem a uma nova realidade, um produto sintético do grupo como tal… esta realidade, neste momento abstraída da nossa experiência do grupo, é simplesmente o poder difuso de jurisdição. Ainda temos que concordar: e só uso…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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