Byung-Chul Han (2023) – a serenidade (Gelassenheit)

Também Heidegger se aproxima da filosofia da inatividade de Zhuang Zhou. A “serenidade” [Gelassenheit] de Heidegger contém uma dimensão da não ação. Os seres humanos destroem a Terra ao arrancá-la de sua “modesta lei do possível” e submetê-la a uma total disponibilização: “Primeiro a vontade que se orienta inteiramente pela técnica distende a Terra na degeneração e exploração e transformação do artificial. Ela arrasta a Terra para além do círculo maduro do seu possível, em algo que não é mais o possível e, por isso, é o impossível” (GA7:94). Salvar a Terra significa: deixá-la no possível, no círculo maduro do seu possível. A ética da inatividade de Heidegger consiste em fazer uso do possível, em vez de impor o impossível. (ByungVC)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress