- destaque
- original
destaque
A vontade tem de ser distinguida de um “mero esforço” (blosse Streben) que, por assim dizer, apenas nos empurra para trás. Enquanto “não nos é possível esforçarmo-nos para além de nós próprios, . . . a vontade . . . é sempre um querer para além de si próprio (über sich hinaus wollen)” (N1 51/41). A vontade não é, portanto, uma questão de um simples “encapsulamento do ego em relação ao que o rodeia” (59/48), mas é um modo pelo qual o Dasein existe extasiado no mundo. No entanto, “aquele que quer coloca-se no exterior entre os entes para os manter firmemente no seu campo de ação” (ibid., sublinhado nosso). Em outras palavras, se o sujeito que quer sempre quer para além de si mesmo, abrindo-se ao mundo, isso envolve ao mesmo tempo um movimento de trazer o mundo de volta ao domínio do seu poder, ao domínio da sua vontade.
original
DAVIS, B. W. Heidegger and the will: on the way to Gelassenheit. Evanston, Ill: Northwestern Univ. Press, 2007.
- Although I set the following passages into the critical perspective of Heidegger’s later writings (in particular those writings which begin with the fourth lecture course he gave on Nietzsche in 1940), it is significant to note here that in the 1936 lecture course Heidegger largely “goes along with” (Arendt’s expression) Nietzsche’s “positive” assessment of the will, going so far as to identify the will with his own key term “resoluteness” (Entschlossenheit) from Being and Time (see N1 51/41 and 57-59/46-48), and with “self-assertion” (Selbstbehauptung), a key term of his Rectoral Address of 1933 (see 73/61).[
]