Bret Davis (2007:11) – vontade de poder

destaque

Há um certo caráter de retroação da vontade de poder; é, finalmente, uma vontade própria, mesmo que esteja sempre a querer para além de si própria. Mas há também um movimento constante para o querer, uma insaciabilidade: “Todo o querer é um querer-ser-mais (ein Mehr-sein-wollen). O poder só é poder na medida em que, e enquanto, permanecer um querer-ser-mais-poder” (N1 72/60). Assim, embora a vontade seja poder, a expressão “vontade de poder” não é simplesmente redundante. A vontade de poder é a vontade de poder: “Na vontade, enquanto vontade de ser mais, na vontade enquanto vontade de poder, está essencialmente implícito o aumento e a potenciação (die Steigerung, die Erhöhung)” (ibid,). A vontade é o insaciável, sempre em expansão, mas sempre essencialmente para mais do mesmo, “vontade de vontade”. Mais tarde, Heidegger desenvolve estes pensamentos de uma forma cada vez mais crítica.

original

DAVIS, B. W. Heidegger and the will: on the way to Gelassenheit. Evanston, Ill: Northwestern Univ. Press, 2007.

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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