Blattner (2006:76-84) – Humor/Disposição (Befindlichkeit)

destaque

Assim, os estados de espírito (Befindlichkeit) (1) revelam importações, (2) funcionam como atmosferas, (3) revelam “como vamos levando”, (4) são passivos, (5) têm objetos, e (6) co-constituem o conteúdo da experiência.

(…)

Assim, não só os estados de espírito e as emoções, mas também as sensibilidades e as virtudes (bem como os vícios), partilham algumas das características críticas em que Heidegger está interessado sob o título disposição e estado de espírito ou tonalidade afetiva. A função reveladora fundamental da disposição é dar o tom da experiência, servir como uma atmosfera na qual a importação de situações e objetos é revelada e através da qual somos informados sobre como “estamos dispostos”. A descrição que Heidegger faz dos estados de espírito não é nítida e cristalina; não distingue corretamente os estados de espírito das emoções e algumas das suas análises parecem artificiais (como a estrutura tripla de um estado de espírito). No entanto, a sua ideia básica é suficientemente clara: uma das facetas básicas da revelação do mundo na nossa experiência é a nossa sintonia com o que se importa e com a forma como a gente se encontra.

original

  1. I take the term “import” from Taylor, “Interpretation and Sciences of Man.”[↩]
  2. Moods “inform us about our general state of being” and “are thought to be involved in the instigation of self-regulatory processes” (ibid., pp. 2-3). See the literature cited by Morris.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress