Blattner (1999:43-46) – facticidade [Faktizität] e factualidade [Tätsachlichkeit]

destaque

Heidegger tem de desenvolver uma conceção da determinação do Dasein que derive ou cresça a partir da sua concepção da possibilidade do Dasein, ou existencialidade: “A facticidade não é a factualidade do factum brutum de algo que ocorre, mas antes uma característica do ser do Dasein, que é levado à existência, mesmo que seja primeiramente afastado” (p. 135, ênfase alterada). Na passagem que introduz “ser-jogado” (na p. 135), Heidegger usa um dispositivo linguístico particular para assinalar a mesma ligação geral que tenho tentado fazer. Ele caracteriza a determinação do Dasein não apenas como o seu “que é”, mas também como o seu “ter de ser”. O arremesso é o “que é e tem de ser” do Dasein. Heidegger não está a sugerir que o Dasein é de alguma forma necessário. Isto é conotado pelo inglês, mas não pelo original alemão. Heidegger escreve que o ser-jogado é o “Daß es ist und zu sein hat” do Dasein. O Dasein tem o seu ser para ser. O Dasein tem o seu ser e tem de fazer algo dele, tem de o viver de uma forma definida. Isto é, o seu ser é uma questão para ele. A determinação do Dasein, por outras palavras, está internamente ligada à sua existencialidade.

original

  1. It would be more natural to write “the tree exists” here, but the term “exists” is reserved for Dasein.[↩]
  2. We need not now consider the stronger claim that the actual is thoroughgoingly determinate. This was certainly accepted by many traditional ontologists, such as Leibniz and Kant.[↩]
  3. “Pushed away” presumably in the sense of disowned in inauthenticity.[↩]
  4. And thus, John Haugeland is not exactly right when he writes, “The trouble with Artificial Intelligence is that computers don’t give a damn” (1979, p. 619). Rather, they neither do nor don’t give a damn.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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