análise do Dasein

Nesse instante, convém portanto indicar, mesmo que a grosso modo, a clareira como a coisa (causa) privilegiada de um outro pensamento. Há quarenta anos, a analítica hermenêutica da presença falava em Ser e Tempo da clareira, no desdobramento da questão do ser. Com base na analítica da presença então proposta chegou-se posteriormente a uma discussão esclarecedora sobre os fundamentos da psiquiatria com vistas a uma “análise do Dasein”.

Mas foi preciso um percurso através de várias décadas e por caminhos do campo para se reconhecer que a frase em “Ser tempo” (§28) que diz “A presença do homem é ela mesma a clareira”, talvez tenha intuído mas de modo algum pensado suficientemente, ou seja, apresentando uma questão que alcança a coisa, a coisa (causa) do pensamento.

A presença é e ao mesmo tempo não é a clareira para a vigência como tal, à medida que presença é a clareira, ou seja, à medida que é a clareira que propicia e concede a presença como tal. A analítica da presença ainda não alcança o próprio da clareira e de maneira alguma o âmbito ao qual pertence à clareira. [Coisa do Pensamento]