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GA19: o objeto da phronesis é o Dasein
terça-feira 2 de maio de 2017
Casanova
Aristóteles começa com a questão de saber o que se compreende no ser-aí natural por φρόνησις (circunvisão) ou que [51] homem é denominado um φρόνιμος (ente circunvisivo). δοκεΤ δή φρονίμου είναι το δυνασθαι καλώς, βουλευσασθαι περί τα αυτώ αγαθά καί συμφέροντα, ου κατά μέρος, όιον ποια πρός υγιειαν ή πρός ’ισχυν, αλλά ποια πρός το ευ ζην όλως (1140a25ss.)· “Um φρόνιμος (ser circunvisivo) é evidentemente alguém que pode refletir bem, apropriadamente”, alguém que é βουλευτικός (alguém que delibera); e, em verdade, que pode refletir apropriadamente “aquilo que é bom — que constitui o estar pronto — propício αυτω, para ele mesmo, para aquele que reflete…”. O objeto da φρόνησις (circunvisão) é, portanto, em verdade, determinado como aquilo que também pode ser de outro modo, mas ele tem desde o princípio uma referência àquele mesmo que reflete. Em contrapartida, a reflexão da τέχνη (arte) se refere pura e simplesmente àquilo que contribui para a produção de algo diverso, a saber, do εργον (obra), na medida em que esse pode contribuir para aquele mesmo que reflete. Ο άληθεύειν (desvelamento) da φρόνησις (circunvisão) possui, portanto, em si mesmo a direção da remissão para ο άληθεύων (o verdadeiro) mesmo. Nós não designamos como um φρόνιμος (ser circunvisivo), porém, aquele que reflete κατά μέρος (parcialmente) de maneira correta, isto é, no que concerne a determinadas contribuições que podem ser feitas em um certo aspecto, por exemplo, no aspecto da saúde ou da força corporal, para o ser-aí; ao contrário, nós denominamos alguém φρόνιμος (circunvisivo), quando ele reflete de maneira correta, ποια πρός το ευ ζην όλως, sobre “ο que é propício para o modo correto do ser do ser-aí como tal na totalidade”. Ο βουλευεσθαι (deliberação) da φρόνησις (circunvisão) diz respeito ao ser do próprio ser-aí, que seria ευ ζην, isto é, ele diz respeito ao fato de o ser-aí ser um ser-aí correto. Por conseguinte, a φρόνησις (circunvisão) tem a referência em si πρός τέλος τι σπουδαιον (1140a29ss.), “a um tal τέλος (fim), no qual há seriedade”; e, em verdade, ών μη εστιν τέχνη (a30), “com relação a um tal ente, que não é tema de uma fabricação, de uma produção”. Ο τέλος (fim) da φρόνησις (circunvisão) não é, por conseguinte, nenhum παρά (ao lado de ) ante o ser do próprio refletir, tal como acontece com [52] ο εργον (obra) da τέχνη (arte). No caso da φρόνησις (circunvisão), o objeto do refletir é muito mais a própria ’ζωή (vida); o τέλος (fim) possui o mesmo caráter ontológico que a φρόνησις (circunvisão). της μεν γάρ ποιήσεως έτερον το τέλος, της δε πραίεως ουκ αν εΐη: έστιν γάρ αυτή ή ευπραγία τέλος (1140b6ss.). “No caso da ποιησις (produção), ο τέλος (fim) é algo diverso, no caso da πράξις (ação), porém, não; justamente, a própria ευπρα’ξια (agir pleno) é ο τέλος (fim).” Junto à φρόνησις (circunvisão), ο πρακτόν (o que precisa ser feito) possui o mesmo caráter ontológico que o próprio άληθεύειν (desvelamento). E é de se supor que ο τέλος (fim) esteja aqui descoberto e mantido; trata-se justamente do ser daquele mesmo que reflete. Ο φρόνιμος (ente circunviso) não equivale, assim, ao τεχνίτης (àquele que possui uma arte); pois ο άληθεύειν (desvelamento) do τεχνίτης (daquele que possui uma arte) é um άληθεύειν (desvelamento), que se relaciona a um outro ser. (p. 50-52)
Rojcewicz & Schuwer
Aristotle begins by asking what natural Dasein understands by φρόνησις, i.e., which human being is called a φρόνιμος, δοκεΐ δη φρονίμου είναι το δύνασθαι καλώς βουλεύσασθαι περί τά αύτφ άγαθά καί συμφέροντα, ού κατά μέρος, οίον ποια προς ύγίειαν ή προς ίσχύν, άλλά ποια προς το εύ ζην ολως (1140a25ff.). "Α φρόνιμος is evidently one who can deliberate well, i.e., appropriately," who is βουλευτικός, and specifically who can deliberate appropriately over "that which is good (full and perfect) and which is, in addition, good αύτφ, for him, the deliberator himself …" The object of φρόνησις is hence determined as something which can also be otherwise, but from the very outset it has a relation to the deliberator himself. On the other hand, the deliberation of τέχνη relates simply to what contributes to the production of something else, namely, the έργον, e.g., a house. The deliberation of φρόνησις, however, relates to this έργον insofar as it contributes to the deliberator himself. The άληθεύειν of φρόνησις therefore contains a referential direction to the άληθεύων himself. Yet we do not designate as a φρόνιμος the one who deliberates in the correct way κατά μέρος, i.e., in relation to particular advantages, e.g., health or bodily strength, which promote Dasein in a particular regard. Instead, we call φρόνιμος the one who deliberates in the right way ποια προς το εύ ζην ολως, regarding "what is conducive to the right mode of Being of Dasein as such and as a whole." The βουλεύεσθαι of the φρόνιμος concerns the Being of Dasein itself, the εύ ζην, i.e., the right and proper way to be Dasein. Accordingly, φρόνησις entails a reference προς τέλος τι σπουδαΐον (1140a29f.), "to that kind of τέλος which bestows seriousness," and specifically ών μή έστιν τέχνη (a30), "in relation to such beings which cannot be the theme of a fabrication or production." The τέλος of φρόνησις is hence not παρά, over and against the Being of the deliberation itself, as is the case with the έργον of τέχνη. Rather, in the case of φρόνησις, the object of the deliberation is ζωή itself; the τέλος has the same ontological character as φρόνησις. της μεν γάρ ποιήσεως έτερον το τέλος, τής δε πράξεως ούκ άν εΐν έστιν γάρ αύτή ή εύπραξία τέλος (1140b6ff.). "In the case of ποίησις, the τέλος is something other; but this does not hold for πράξις: the εύπραξία is itself the τέλος." In the case of φρόνησις, the πρακτόν is of the same ontological character as the άληθεύειν itself. And here, presumably, the τέλος is in fact disclosed and preserved; for it is the Being of the deliberator himself. The φρόνιμος is therefore not identical with the τεχνίτης; for the άληθεύειν of the τεχνίτης is related to an other order of Being. (Tr. Rojcewicz & Schuwer p. 34; GA19 p. 47-48)
Original
Aristoteles beginnt mit der Frage, was man im natürlichen Dasein unter der φρόνησις versteht bzw. welchen Menschen man einen φρόνιμος nennt, δοκεĩ δή φρονίμου είναι τό δύνασθαι καλώς βουλεύσασθαι περί τά αύτφ άγαθά καί συμφέροντα, ού κατά μέρος, οΐον ποια πρός υγίειαν ή πρός Ισχύν, άλλά ποια πρός τό εύ ζήν όλως (1140a25 sqq). »Ein φρόνιμος ist offensichtlich der, der gut, angemessen überlegen kann«, der βουλευτικός ist; und zwar der angemessen überlegen kann »das, was gut — das Fertigsein ausmachend — und zuträglich ist αύτφ, für ihn, den Überlegenden, selbst …« Der Gegenstand der φρόνησις ist also zwar bestimmt als etwas, was auch anders sein kann, aber er hat von vorneherein Bezug auf den Überlegenden selbst Dagegen bezieht sich die Überlegung der τέχνη lediglich auf das, was beiträglich ist zur Herstellung von etwas anderem, nämlich des εργον, z.B. des Hauses. Die Überlegung der φρόνησις aber bezieht sich auf dieses εργον, sofern es für den Überlegenden selbst beiträglich ist. Das άληθεύειν der φρόνησις hat also in sich [49] selbst die Direktion der Verweisung auf den άληθεϋων selbst Als einen φρόνιμος bezeichnen wir aber nicht denjenigen, der κατά μέρος in rechter Weise überlegt, d.h. bezüglich bestimmter Beiträglichkeiten, die in bestimmter Hinsicht, z.B. in Hinsicht auf Gesundheit oder Körperkraft, für das Dasein beiträglich sind; sondern wir nennen einen φρόνιμος den, der in rechter Weise überlegt, ποια πρός τώ ζην όλως, »was zuträglich ist für die rechte Weise des Seins des Daseins als solchen im Ganzen«. Das βουλεύεσθαι der φρόνησις betrifft das Sein des Daseins selbst, das εύ ζήν, d. h. daß das Dasein ein rechtes sei. Demnach hat die φρόνησις die Verweisung in sich πρύς τέλος τι σπουδαΐον (1140a29 sq), »auf ein solches τέλος, wobei es Ernst gibt«, und zwar ών μή Εστιν τέχνη (a30), »mit Bezug auf solches Seiendes, das nicht Thema eines Verfertigens, eines Herstellens ist«. Das τέλος der φρόνησις ist sonach kein παρά gegenüber dem Sein des Überlegens selbst wie das ϊργον der τέχνη. Bei der φρόνησις ist vielmehr der Gegenstand des Überlegens die ζωή selbst; das τέλος ist vom selben Seinscharakter wie die Φρόνηοις. τής μέν γάρ ποιήσεως Ετερον τό τέλος, τής 6ε πράξεως ούκ äv εΐη’ ίβτιν γάρ αύτή ή εύπραξία τέλος (1140b6 sqq). »Bei der πο(ησις ist das τέλος ein anderes, bei der κραξις aber nicht; es ist nämlich die εύ-πραξία selbst das τέλος.« Bei der φρόνησις ist das πρακτόν vom seihen .Seinscharakter wie das άληθεύειν selbst- Und hier ist das τέλος vermutlich in der Tat aufgedeckt und behalten; es ist nämlich das Sein des Überlegenden selbst. Der φρόνιμος deckt sich also nicht mit dem τεχνίτης; denn das άληθεύειν des τεχνίτης ist ein άληθεύειν, das sich auf ein anderes Sein bezieht. (p. 48-49)
Ver online : PLATO - SOPHIST