Subjekt, sujeito, sujet, subjetivo, subject
SZ:46
Sin embargo, esta ejemplificación histórica del propósito de la analítica también puede inducir a error. *Una de las primeras tareas de la analítica consistirá en hacer ver que si se pretende partir de un yo o sujeto inmediatamente dado, se yerra en forma radical el contenido fenoménico del Dasein. Toda idea de «sujeto» – si no está depurada por una previa determinación ontológica fundamental – comporta ontológicamente la posición del subiectum (ὑποκείμενον), por más que uno se defienda ónticamente en la forma más enfática contra la «sustancialización del alma» o la «cosificación de la conciencia». La coseidad misma tiene que ser previamente aclarada en su procedencia ontológica, para que se pueda preguntar qué es lo que debe entenderse positivamente por el ser no cosificado del sujeto, del alma, de la conciencia, del espíritu y de la persona. Todos estos términos nombran determinados dominios fenoménicos «susceptibles de desarrollo», pero su empleo va siempre unido a una curiosa no necesidad de preguntar por el ser del ente así designado. No es, pues, un capricho terminológico el que nos lleva a evitar estos términos, como también las expresiones «vida» y «hombre», para designar al ente que somos nosotros mismos. (SZ:46; STJR)
GA9GS:258-259
Συνεστώτα é empregue aqui para ὄντα (cf. Aristóteles, Física 193 a 36: τοις φύσει συνισταμένοις); é dali que retiramos o que significa “ser” para os gregos. Eles chamam o ente de o “constante” (das “Ständige”; o “estável”); o “constante” refere-se a dois aspectos: uma vez, àquilo-que-tem-em-si-um-estado-a-partir-de-si, o que está “ali” em pé; e, igualmente, o constante no sentido de permanente, durável. Pensaríamos de maneira completamente estranha aos gregos, se quiséssemos compreender o constante como objeto que se nos contrapõe. Contra-posto é a “tradução” de objeto. O ente só pode ser experimentado como objeto onde o homem se tornou o sujeito, que na objetivação daquilo com que encontra experimenta a relação fundamental para com o ente como a dominação e amestramento do mesmo. Para os gregos, o homem jamais é sujeito; e, por isto, o ente não-humano também jamais terá o caráter de objeto (contra-posto). Φυσις é aquilo a que se deve um modo específico de estar-em-si-mesmo do constante. A φύσις ganha contornos mais claros na seguinte frase:
Disso que é o que é e é como é a partir da φυσι, cada coisa nela mesma dispõe de partida (ἀρχή) da mobilidade e do estado de quietude (repouso), sendo que mobilidade e repouso são pensados uma vez em relação ao lugar, outra vez em relação a aumento e (259) diminuição, outra vez ainda em relação á mudança (modificação) (Aristóteles, Física 192 b 13-15).
(GA9GS:258-259)
Inwood (DH:179)
Subjekt vem do latim subiectum, literalmente “o que está lançado sob” (p.ex. GA6T2, 430). Subjekt é ambíguo, significando: 1. o substratum subjacente ou sujeito da predicação, da indagação etc., 2. o sujeito humano. O sentido 1 foi introduzido pelo grego hypokeimenon (“aquilo que permanece sob”), mas os “gregos não sabem absolutamente nada sobre o homem como um sujeito-eu” (GA6T2, 505). Heidegger pergunta como uma palavra que originalmente aplicava-se a tudo passou a ser usada especificamente para o ser humano. Ele conclui que, com a nova liberdade que se seguiu ao declínio da cristandade tradicional, o homem tornou-se o centro em torno do qual tudo o mais revolve, estabelecendo-se, desse modo, como o sujeito, o que subjaz, par excellence (GA6T1, 141ss). O sujeito humano pode mas não precisa ser um eu sem corpo, cuja certeza determina aquilo que há (GA6T2, 431ss). Para Nietzsche, o sujeito tem corpo, sendo governado mais pelo desejo e pela paixão do que pelo pensamento, embora esse ainda seja, para Heidegger, um entendimento cartesiano por ser o árbitro do ser e do valor (GA6T2, 187).
Inwood (DH:166)
Sein bei, Mitsein e Selbstsein são gleichursprunglich, “equiprimordiais, igualmente originários, primitivos” (GA10, 100). É um erro considerar Sein bei e/ou Selbstsein como primários e derivar Mitsein ou outros a partir deles. O si mesmo não precisa ser separado do Sein-bei e do Mitsein. Descartes e Husserl (e Nietzsche, GA6T1, 578) incorrem neste erro: “Já que se concebe o sujeito privado, por assim dizer, deste Sein-bei…, um sujeito fragmentário, a questão acerca do ser-um-com-o-outro (Miteinandersein) e sua essência também toma um caminho errado. Já que ambos os sujeitos são indeterminados, deve ser encontrado um arranjo mais elaborado, por assim dizer, do que a natureza do caso requer. A indeterminação da subjetividade causa uma superdeterminação da relação entre sujeitos” (GA27, 140). Se as pessoas são sujeitos encerrados em si, elas precisam passar por uma cuidadosa inspeção das características físicas umas das outras antes de poderem comunicar-se. Este absolutamente não é o caso. Eu sou “com” os outros até mesmo quando eles não estão fisicamente presentes: “Estar faltando e ‘estar longe’ são modos de Dasein-com apenas possíveis porque Dasein como ser-com deixa o Dasein dos outros virem ao seu encontro (begegnen) em seu mundo” (SZ, 121).
BTJS
NT: Subject, subjectivity (Subjekt, Subjektivität), 14, 22, 24, 46-47, 59-62, 109-111, 113-114, 123-126, 128-130, 154-156, 204, 227, 229-230, 316-322, 366, 388, 419, 427, et passim; subject-object relation, 59, 216, 388; versus Dasein, 60, 229; versus self, 303, 322; versus objectivity, 395, 405, 411, 419; isolated, 118, 179, 188, 204, 206, 321; worldless, 110-111, 116, 192, 206, 366; of others, 119, 121, 123, 126, 128, 384; objectively present, 119, 121, 123, 128, 131-132, 176, 320; ‘ideal’, 229; absolute, 228, 318; knowing, 47, 69; of everydayness, 114, 128; ‘factual’ and factical 229; ‘theoretical’, 316; ‘historical’, 382; ‘logical’, 319 (Kant); versus predicate, 154-155, 318-319; the a priori and the, 229, (Cf. 110); truth and the, 227, 229; time and, 62, 109-110, 164; subjectivity of the, 24; ‘subjectivity’ of the world, 65, 366; ‘subjectivity’ of time, 419, 427; ‘subjectivity’ of world-time, 419; Kant on the, 24, 109, 204, 319-321 (BTJS)