Man-selbst, le On-même, soi-comme-On, a-gente-ela-mesma, impessoalmente-si-mesmo, they-self
J’adopte cette traduction (‘soi-comme-On’) pour moi bien sentie de Françoise Dastur (qui propose également ‘soi-du-On’), dont le sens me paraît coller à la définition, que donne la présente phrase, de l’expression Man-selbst, ce que ne font aucunement les ‘On-même’ ou ‘nous-On’. Nous la distinguons ainsi clairement de la traduction par ‘On’ lui-même retenue pour l’expression sans tiret : Man selbst. (Auxenfants; ETJA:§27N10)
No contexto do si mesmo e do ser-com, temos o primeiro indício daquilo que a “autenticidade” (Eigentlichkeit), que também pode ser traduzida por “propriedade”, vai significar mais à frente. “O si-mesmo da presença (Dasein) cotidiana é o ‘impessoalmente-si-mesmo’ (das Man-selbst), que distinguimos do (ser) propriamente-si-mesmo, ou seja, do si-mesmo apreendido como próprio (eigens ergriffen). Enquanto impessoalmente-si-mesma, cada presença (Dasein) se acha dispersa no impessoal, precisando ainda encontrar a si mesma (SZ, p. 129; ST, p. 186). (CRITCHLEY, Simon, SCHÜRMANN, Reiner. Sobre o ser e tempo de Heidegger. Tr. Bernardo Sansevero. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016, p. 169)
VIDE: (Man-selbst->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Man-selbst)
próprio-impessoal (STMSCC)
On-même (ETEM)
They-self (BTJS)
impessoal
VIDE Selbst
NT: They-self (Man-selbst), 129, 181, 193, 263, 266-268, 271-274, 276-278, 280, 288, 299, 303, 311, 317, 322, 337, 391. See also the I; the Self (BTJS)
O fenômeno do impessoal mostra que Dasein não é um eu ou ego no sentido cartesiano. Se é um “si mesmo”, não é o seu próprio si mesmo, mas o Man-selbst, o “próprio-impessoal” (SZ, 129). Pode tornar-se seu próprio autêntico si mesmo, e das Man fornece os recursos para que ele o faça. Precisamos ter cuidado aqui, já que das Man pode nos fazer pensar que somos indivíduos autênticos quando em realidade ainda estamos sob sua influência: “nós nos esquivamos da ‘grande multidão’ assim como o impessoal (man) se esquiva” (SZ, 127). Dasein é um ente dotado de peculiar fluidez. Na maior parte das vezes, está submerso no impessoal, na rede, mas pode desenredar-se para tornar-se um eu ou si mesmo individual. Não é nem sujeito nem mundo: “O ser de Dasein é o ser do ‘entre’ sujeito e mundo” (GA20, 347). Quando perguntamos “Quem (Wer)” é Dasein, ao invés de “O que (Was)” é, estamos perguntando acerca de seu modo de ser corrente ou usual, não acerca de seu “quê” ou natureza intrínseca: Dasein é demasiadamente multiforme para ter um quê. “O impessoal” é uma resposta para a pergunta de quem ele é. Até mesmo quando está absorto no impessoal, o ser de Dasein é je meines, sempre meu, ele tem seu próprio ser para ser (GA20, 206, 336, 347; SZ, 41). Isto não significa que, mesmo sendo o impessoal, Dasein ainda guarda vestígios da capacidade de fazer algumas escolhas (tal como que blusa usar esta noite), mas que ele sempre mantém a escolha de optar a partir do impessoal; ele pode escolher escolher. (DH)
1. ‘…das Man-selbst…’ This expression is also to be distinguished from ‘das Man selbst’ (‘the “they” itself’), which appears elsewhere in this paragraph. In the first of these expressions ‘selbst’ appears as a substantive, in the second as a mere intensive. (BTMR)