Falsche, falso, le faux, the false
“O falso” significa para nós, numa primeira acepção, a coisa falsificada, como, por exemplo, o “dinheiro falso”, um “falso Rembrandt”. O falso é, aqui, o não-genuíno. Mas “falso” também pode ser uma asserção. Nesse caso, o falso é o não-verdadeiro na acepção de incorreto. Tendemos a compreender a asserção incorreta como uma asserção errônea; a incorreção como erro é oposta à correção enquanto verdade. Ao mesmo tempo, nem toda a asserção falsa é uma asserção errônea. Quando alguém, por exemplo, faz um “falso depoimento” diante da justiça, não necessita ele próprio estar errando. De fato, precisamente, ele pode não estar errando; ele necessita, antes, saber o “verdadeiro estado de coisas”, para poder ser capaz de fazer um falso depoimento. O falso, aqui, não é o errôneo, mas o enganoso, o insidioso. Com isso o falso é, por um lado, o não-genuíno, a coisa espúria; por outro lado, pode ser uma asserção incorreta. Esta, por sua vez, pode ser uma asserção errada, isto é, errante, ou pode ser uma asserção insidiosa. Entretanto, chamamos também um homem de “falso” quando dizemos: “A polícia fez uma prisão falsa.” O falso aqui não é nem o falsificado nem o errante, nem ainda o insidioso, mas o homem “errado”, isto é, não “idêntico” ao homem procurado. Este “homem falso”, que ele de fato é, ou seja, este homem errado pode, no entanto, ser inteiramente “sem falsidade”; ele não necessita ser um homem “falso” no sentido daquele que em toda parte, em seu comportamento e na sua atitude está, espertamente, intencionando enganar. “Falso” com o significado de esperto, chamamos também animais. Todos os gatos são falsos. O felino é o falso; por isso a língua alemã fala do ouro e da prata falsos como “ouro de gato” (Katzengold) e “prata de gato” (Katzensilber). (GA54SMW:51-52)
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