terra e mundo

Erde und Welt

Por vezes, aqueles fundadores do abismo precisam ser consumidos no fogo do que se guarda, para que o ser-aí venha a ser possível para o homem e, assim, seja salva a constância em meio ao ente, para que o ente mesmo experimente a restauração no aberto da contenda entre TERRA E MUNDO. GA65MAC: 2

A contenda como a contenda de TERRA E MUNDO, porque a verdade do seer só é no abrigo e essa como o “entre” fundante no ente. Um contra o outro de TERRA E MUNDO. GA65MAC: 9

O sítio instantâneo essencia-se a partir desse acontecimento como a contenda de TERRA E MUNDO. GA65MAC: 10

É necessário aqui ainda um outro domínio, um domínio velado e retraído, durante muito tempo particularizado e tranquilo. Aqui, os que estão por vir precisam estar preparados, eles precisam criar os novos postos no próprio ser, postos esses a partir dos quais acontece uma vez mais apropriadoramente uma constância na contenda entre TERRA E MUNDO. GA65MAC: 25

O abrigo, porém, não se mantém apenas sob os modos da produção, mas de maneira igualmente originária também sob o modo da assunção do encontro do inanimado e do vivente: pedra, planta, animal, homem. Aqui acontece a retomada na terra que se fecha. A questão é que esse acontecimento do ser-aí nunca é por si, mas pertence ao atiçamento da contenda entre TERRA E MUNDO, à insistência no acontecimento apropriador. GA65MAC: 32

A decisão já há muito tempo irrompida no velado e no dissimulado é a decisão pela história ou pela perda da história. História, porém, concebida como a contestação da contenda de TERRA E MUNDO, assumida e realizada a partir do pertencimento ao clamor do acontecimento apropriador como a essenciação da verdade do seer na figura do último deus. GA65MAC: 45

A verdade: fundamento como abismo. Fundamento não: de onde, mas em que como o pertinente. Abismo: como tempo-espaço da contenda; a contenda como contenda entre TERRA E MUNDO, por conta da ligação da verdade com o ente! GA65MAC: 221

O contramovimento precisa ser tomado da maneira mais segura possível, de tal modo que espacialidade e temporalidade da coisa, do utensílio, da obra, da maquinação e do todo do ente possam se tornar visíveis como abrigo da verdade em uma interpretação. O projeto dessa interpretação é inexpressamente determinado pelo saber em torno do tempo-espaço como abismo. Mas a própria interpretação precisa despertar a partir da saída da coisa novas experiências. A aparência de que se trataria aqui de uma descrição óbvia em si não é perigosa porque esse caminho de interpretação quer expor espaço e tempo na direção do tempo-espaço. O caminho a partir daqui e o caminho a partir do ente precisam se encontrar. Perseguindo o caminho a partir do “ente” (mas já inserido no aberto da contenda entre TERRA E MUNDO), surge, então, a ocasião para inserir a discussão até aqui de espaço e tempo na confrontação inicial (cf. A conexão de jogo). GA65MAC: 242

A essência do povo está fundada na historicidade dos que se pertencem a partir do pertencimento ao deus. Do acontecimento apropriador no qual esse pertencimento se funda historicamente emerge pela primeira vez a fundamentação da razão pela qual “vida” e corpo, geração e gênero, estirpe, dito na palavra fundamental: a terra, pertencendo à história e recolhendo ao seu modo em si uma vez mais a história, e, em tudo isso, sendo útil à contenda entre TERRA E MUNDO, é sustentada pelo mais íntimo pudor de ser a cada vez algo incondicionado. Pois sua essência é, porque ela é íntima da contenda, ao mesmo tempo próxima do acontecimento apropriador. GA65MAC: 251

No âmbito de domínio do aceno encontram-se novamente, para a mais simples contenda, TERRA E MUNDO: o mais puro fechamento e a transfiguração suprema, o mais temo arrebatamento fascinante e o mais temível arrebatamento extasiante. E isso novamente a cada vez apenas historicamente nos níveis e âmbitos e graus do abrigo da verdade no ente, através do qual somente este se torna novamente mais ente, em meio a todo o extinguir-se no não ente, um extinguir-se que é sem medida, mas dissimulado. GA65MAC: 256