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  • (…) Este “as coisas se dão para alguém de uma maneira ou de outra” revela-se como a fórmula para uma abertura do ser-aí enquanto tal. Tonalidades afetivas fundamentais são possibilidades insignes de uma tal abertura. Este caráter insigne não reside tanto no fato de o que é aberto ser mais rico e multifacetado em comparação…

  • O desmantelamento — a desconstrução — do aparato conceitual metafísico da causalidade, da subjetividade e da razão, conforme estruturou a redução e a neutralização tradicionais do acontecimento, abre caminho para uma investigação fenomenológica sobre a eventualidade do acontecimento. Uma vez que o acontecimento não é mais referido às exigências do princípio da razão, não está…

  • A ideia de intencionalidade da fenomenologia exclui o idealismo. O sujeito-como-cogito está, enquanto intencionalidade, dirigido àquilo que não é o próprio sujeito. Numa volta reflexiva ao conhecimento como realmente ocorre, o filósofo sempre depara com a insuperável facticidade do dado corporal. A densidade do que é dado de fato nunca pode ser anulada, pois que…

  • Nós dizíamos: o homem ainda não pensa e, na verdade, pelo fato de que o que deve ser pensado dele se desvia; de modo algum ele não pensa, apenas porque o homem não se volta suficientemente ao que deve ser pensado. O que deve ser pensado desvia-se do homem. Ele se subtrai dele. Mas como,…

  • A “ontologia” está fundada na distinção entre ser e ente. A “distinção” é denominada de maneira mais apropriada por meio do termo “diferença”, no qual se indica que ser e ente são transportados um para fora do outro [Δια-φορά], que eles estão cindidos e, contudo, ligados um ao outro; e isso, em verdade, por si…

  • Será a ciência (Wissenschaft), apenas, um conjunto de poderes humanos, alçado a uma dominação planetária, onde seria ainda admissível pensar que a vontade humana ou a decisão de alguma comissão pudesse um dia desmontá-lo? Ou será que nela impera um destino superior? Será que algo mais do que um simples querer conhecer da parte do…

  • A comunidade só se torna possível sobre a base do um-com-o-outro e não o contrário. Ou seja: não é a comunidade de “eus” o que primeiro constitui o um-com-o-outro. Entretanto, falar em “constituição” do um-com-o-outro é algo ambíguo, uma vez que o próprio conceito de constituição facilmente se torna ambíguo: a) se esse conceito quer…

  • O ser-no-mundo do Dasein, por sua factualidade, já se dispersou ou mesmo se despedaçou cada vez em determinados modos do ser-em. A multiplicidade de tais modos do ser-em pode ser mostrada em exemplos, na seguinte enumeração: ter de se haver com algo, produzir algo, cultivar algo e cuidar de algo, empregar algo, abandonar algo ou…

  • O trato afeito cada vez ao instrumento é onde ele pode unicamente se mostrar genuinamente em seu ser, por exemplo, o martelar com o martelo, não apreende tematicamente esse ente como uma coisa ocorrente, nem o empregar sabe algo assim como a estrutura-de-instrumento enquanto tal. O martelar não tem um saber unicamente acerca do caráter…

  • A expressão grega φαινόμενον, a que remonta o termo “fenômeno”, deriva do verbo φαίνεσθαι. Φαίνεσθαι significa: mostrar-se e, por isso, φαινόμενον diz o que se mostra, o que se revela. Já em si mesmo, porém, φαίνεσθαι é a forma média de φαίνω – trazer para a luz do dia, pôr no claro, φαίνω pertence à…