Tag: Vallega-Neu

  • Vamos falar da era da completa ausência de questionamento, uma era cuja extensão temporal se estende para trás e para frente, muito além do que acontece hoje. Nesta época, nada de essencial – supondo que essa determinação ainda faça sentido – é impossível ou inacessível. Tudo “é feito” e “pode ser feito”, se apenas a…

  • Costuma-se denominar a era da “civilização” aquela era do des-encantamento, e esse parece, antes, andar junto somente com a completa ausência de questão. Contudo, é o contrário o que se dá. Não é preciso senão que se saiba de onde vem o encantamento. Resposta: do domínio ilimitado da maquinação. Se a maquinação chegar à dominação…

  • Caso ainda seja permitido caracterizar para um entendimento imediato o seer do “ente”, então recorreremos aqui ao efetivamente real como o propriamente ente. O efetivo é o que conhecemos como o que se presenta, o constante. No outro início, porém, o ente nunca é o efetivo no sentido desse ente “atual”. Mesmo lá onde ele…

  • Se tu colocares em um prato todas as coisas e o que se faz presente à vista, acrescentando aí as maquinações, nas quais o elemento cristalizado dessas coisas se acha solidificado, e se tu colocares em outro prato o projeto do seer, acrescentando aí o peso do caráter de jogado do projeto, para onde a…

  • A verdade do ser e, assim, esse ser mesmo só se essenciam onde e quando se dá o ser-aí. Ser-aí “é” apenas onde e quando o ser da verdade se dá. Uma, sim, a viragem, que indica justamente a essência do ser mesmo como o acontecimento apropriador contra-agitando-se em si. O acontecimento apropriador funda em…

  • Sob o modo de uma introdução, a compreensão de ser tem em Ser e tempo um caráter transitoriamente ambíguo; de maneira correspondente, o mesmo vale para a caracterização do homem (“ser-aí humano”, o ser-aí no homem). A compreensão de ser é por um lado, olhando retrospectivamente por assim dizer de maneira metafísica, concebida como o…

  • Ser-aí significa acontecimento da apropriação no acontecimento apropriador como a essência do seer. Mas é só com base no ser-aí que o seer chega à sua verdade. Onde, porém, planta, animal, pedra, mar e céu se tornam entes, sem se degradarem na objetualidade contraposta, aí vigora a retração (recusa) do seer, o seer como retração.…

  • O seer “é”, visto a partir do ente, não o ente: aquilo que não é, e, assim, segundo o conceito habitual, o nada. Contra essa explicação, não é preciso trazer à tona nenhuma reserva, sobretudo se o ente for tomado como o elemento objetivo e presente à vista e o nada justamente como a completa…

  • 1. Acontecimento apropriador: a luz segura da essenciação do seer no campo de visão extremo da mais íntima indigência do homem histórico. 2. O ser-aí: o entre aberto no meio e, assim, velador, entre a chegada e a fuga dos deuses e o homem nele enraizado. 3. O ser-aí tem a origem no acontecimento apropriador…

  • A essenciação do seer como acontecimento apropriador encerra em si o acontecimento da apropriação do ser-aí. De acordo com isso, considerado rigorosamente, o discurso acerca da ligação entre ser-aí e seer induz em erro, na medida em que sugere a opinião, segundo a qual o seer se essenciaria “por si” e o ser-aí acolhería a…