Tag: theoretisch

  • O Dasein dos outros, ao atingir na morte o seu todo, é também um já-não-ser-“aí” (Nichtmehrdasein), no sentido do já-não-ser-no-mundo (Nicht-mehr-in-der-Welt-seins). Morrer não significa sair-do-mundo, perder o ser-no-mundo? Todavia, o já-não-ser-no-mundo do morto é ainda-entendido em extremo — um ser no sentido do ainda-só-subsistência de uma coisa corporal que vem-de-encontro. No morrer dos outros se…

  • Jaspers diz o seguinte em sua Psychologie der Weltanschauungen (Psicologia das visões de mundo): “Quando falamos de visões de mundo, temos em vista ideias, o que há de derradeiro e total no homem, tanto subjetivamente, como vivência, força e modo de pensar, quanto objetivamente como um mundo configurado”1. Para o nosso intuito de distinguir a…

  • O ideal tem manifestamente um conteúdo, possui determinações substantivas. É, no entanto, um ideal, não um conteúdo factual, mas uma relação de ter-de (Sollen). Esse caráter de ter-de se opõe a todo ser como o momento de idealidade e validade supra-empírica. Portanto, no significado do método teleológico (art396), pressupõe-se algo essencialmente mais e essencialmente diferente:…

  • Theodore Kisiel, em seu estudo sobre a gênese de Ser e Tempo (KISIEL, Theodore. The Genesis of Heidegger’s Being and Time. Berkeley: University of California Press, 1995, p. 21-23), afirma que Heidegger deu expressão inicial à “questão do sentido do ser”, em um curso dado em 1919. Um esquema feito pelo próprio Heidegger na lousa…

  • O que constitui, então, a pessoalidade de uma pessoa? Nós compreendemos isso, se considerarmos a pessoalidade em sua diferença em relação à humanidade e à animalidade do homem.1 Tudo aí constitui o todo dos elementos da determinação da essência plena do homem. Em verdade, a definição tradicional do homem conhece apenas dois elementos desta determinação:…

  • Ou será que a filosofia é de fato apenas uma ocupação talvez mais elevada, por que mais universal do espírito, um luxo e uma mudança, a que nós nos permitimos no interior do curso com frequência monotônico e cansativo das ciências?A filosofia é aquela ocasião por vezes útil de liberar o olhar cativo para uma…

  • Boss: E o que acontece com o esquecimento de algo doloroso, que de acordo com a teoria de Freud foi recalcado no inconsciente? Heidegger: Ao deixar-ficar-o-guarda-chuva no cabeleireiro eu não penso no levar. Ao esquecer algo doloroso não quero pensar nisso. Aqui ele não me escapa, mas eu deixo que ele me escape. Esse deixar-escapar…

  • O que se pressupõe não é demasiado, mas demasiado pouco para a ontologia do Dasein, quando se “parte” de um eu desprovido de mundo, para só então lhe atribuir um objeto e uma relação a este, destituída de fundamento ontológico. De bem curto alcance é o olhar quando se faz da “vida” um problema e…

  • Sua possibilidade mais-própria, irremetente e insuperável, o Dasein não a cria para si posteriormente e de modo circunstancial, no curso do seu ser. Mas se o Dasein existe, ele já está também dejectado nessa possibilidade. Que ele (691) seja entregue a sua morte sob sua responsabilidade, que ela pertença, assim, ao ser-no-mundo, é algo de…

  • O sentido pleno de um fenômeno abrange seu caráter intencional referencial, seu caráter intencional de conteúdo e seu caráter intencional performativo (“intencional” deve ser compreendido aqui de modo bem formal, deixando de lado seu sentido referencial teórico especialmente acentuado, significação especial esta que facilmente sugere a apreensão da intencionalidade como sendo “ter algo em mente”,…