Tag: subjectum

  • O “eu” é uma mera consciência que acompanha todos os conceitos. Com ela “não se representa nada mais do que um sujeito transcendental dos pensamentos”. A “consciência não é em si tanto uma representação… mas uma forma dela em geral”1. O “eu penso” é “a forma da percepção inerente a toda experiência e que a…

  • O entrelaçamento, decisivo para a essência da modernidade, dos dois processos – que o mundo se torna imagem e o homem se torna sujeito – lança, ao mesmo tempo, uma luz sobre o processo fundamental, à primeira vista quase contraditório, da história moderna. Quanto mais abrangente e inexoravelmente o mundo estiver à disposição como conquistado,…

  • É na medida em que é uma tal abertura – que impede que seja ele confundido com o que a filosofia moderna chama de “sujeito” e que ela entende como uma interioridade opondo-se à exterioridade dos objetos – que o Dasein, porque não é indiferente a seu próprio existir, pode, todavia, designar a si mesmo…

  • (185) Kant se mantém fundamentalmente junto à determinação de Descartes. Por mais essenciais que tenham se tornado e que permaneçam sendo sempre as investigações kantianas para a interpretação ontológica da subjetividade, o eu, o ego, é para ele tanto quanto para Descartes, res cogitans, res, algo que pensa, isto é, que representa, percebe, julga, concorda,…

  • Na emergência do sujeito e do objeto “modernos”, em detrimento do {subjectum-objectum} medievais, a “{Nova Ciência}” (título de obra de Galileu) vai pressupor um “sujeito” a partir do olhar de um humano, sem qualquer fundamentação ou referência ao {ser} humano, enquanto uma mirada constitutiva simultaneamente de sujeito e objeto. O que importa doravante é a…

  • Diferenciando-se do percepcionar grego, o representar moderno, cujo significado é expresso aproximadamente pela palavra repraesentatio, quer dizer algo muito diferente. Re-presentar significa aqui trazer para diante de si o que-está-perante enquanto algo contraposto, remetê-lo a si, ao que representa, e, nesta referência, empurrá-lo para si como o âmbito paradigmático. Onde tal acontece, é o homem…

  • É na medida em que é uma tal abertura — que impede que seja ele confundido com o que a filosofia moderna chama de “sujeito” e que ela entende como uma interioridade opondo-se à exterioridade dos objetos — que o Dasein, porque não é indiferente a seu próprio existir, pode, todavia, designar a si mesmo…

  • O liberalismo repousa essencialmente sobre certa determinação da “liberdade” própria à figura subjetiva do ser humano. Porque o liberalismo não pensa a política a partir da liberdade própria ao ser humano, Heidegger cuida de frequentemente escrever a palavra “liberalismo” com aspas, como no final do curso sobre Nietzsche onde diz que “liberalismo” não constitui o…

  • (…) O fato é que seria difícil encontrar nas Meditações a mínima referência a “sujeito” como subjectum, e que, em geral, a tese que colocaria o ego ou o “eu penso/eu sou” (ou o “eu sou uma coisa pensante”) como sujeito, quer no sentido de hypokeimenon, quer no sentido do futuro Subjekt (oposto a Gegenstandlichkeit),…

  • A temporalidade tridimensional é o sentido unificador do tríplice Ser do Dasein como cuidado (Sorge). Por isso, a temporalidade torna possível a unidade do ser humano. Mais fundamental do que o ego pessoal é a temporalidade que “se gera a si própria” (sich zeitigt). “A temporalidade gera-se a si mesma e, de fato, gera possíveis…