Tag: Richardson

  • (…) Se eventualmente distinguirmos vários componentes diferentes nesse processo de transcender, eles são, no entanto, todos sintetizados em uma unidade profunda, o processo único de um Ser-aí cuja única preocupação é resgatar a si mesmo, para (continuar a) ser. Essa unidade Heidegger chama de “preocupação” (Sorge), um termo que, assim como “decadência”, não tem para…

  • … Se, no entanto, devemos pressupor que o Ser-aí é dotado de uma compreensão do Ser, não devemos também admitir como pressuposto o que é compreendido? Certamente parece que sim, mas o autor é menos explícito aqui. Heidegger pressupõe uma concepção de Ser que nem todos acharão tão evidente quanto ele. Como devemos entendê-la? Se…

  • O fato de Heidegger ter certas pressuposições ao iniciar sua tarefa ninguém negará – muito menos Heidegger. Em primeiro lugar, ele pressupõe que no homem já existe uma compreensão do Ser. A partir disso, ele desenvolve, como vimos, as noções de Aí-ser (There-being), existência e transcendência. Na medida em que a análise do Aí-ser que…

  • Vimos que a tarefa da ontologia fundamental é discernir o Ser do Aí-ser. Dado o fato de que o Ser é aquilo por meio do qual os entes (Aí-ser (There-being)) se manifestam enquanto o que são e como são, então, de que outra forma a ontologia fundamental discernirá o Ser do Aí-ser a não ser…

  • Dado o fato de que devemos fazer uma análise fenomenológica do Aí-ser (There-bieng, Dasein) no homem, sob quais circunstâncias começaremos? Lembre-se dos termos do problema: o Aí-ser é uma compreensão intrinsecamente finita do Ser. Uma das consequências dessa finitude é o fato de que o Aí-ser toma sua prerrogativa tão completamente como garantida que se…

  • O primeiro fato da análise fenomenológica do mundo-circundante (Umwelt) é que ele está repleto de outros entes que não o Aí-ser. Em alusão ao sentido grego de πράγματα como aquilo de que se faz uso (πρᾶξις) na ocupação cotidiana, o autor opta por descrevê-los como instrumentos (Zeuge) ou ferramentas, indicando assim uma utilidade inerente a…

  • O Aí-ser é a passagem da transcendência finita, que, nas circunstâncias cotidianas, é primeiramente discernível como um ente cuja natureza é ser-no-mundo. Ao analisá-lo, seguimos a ordem do autor, primeiro tentando desvincular o sentido do mundo para o qual o Aí-ser transcende e, em seguida, o sentido do que significa ser “em” tal mundo. Não…

  • O primeiro fato da análise fenomenológica do mundo-circundante (Umwelt) é que ele está repleto de outros entes que não o Aí-ser. Em alusão ao sentido grego de πράγματα como aquilo de que se faz uso (πρᾶξις) na ocupação cotidiana, o autor opta por descrevê-los como instrumentos (Zeuge) ou ferramentas, indicando assim uma utilidade inerente a…

  • Vamos começar com um fato inicial: mesmo antes de fazer a pergunta, o homem tem alguma compreensão do Ser. Não importa o quão escuro ou obscuro o próprio Ser possa ser para ele, ainda assim, em sua relação mais casual com outros entes, eles estão suficientemente abertos para ele de modo que possa experimentar que…

  • O que Heidegger faz nesses seminários (de Zollikon)? Em uma palavra, ele oferece aos psiquiatras um curso intensivo sobre alguns dos conceitos fundamentais de Ser e tempo, que tinham inicialmente despertado o entusiasmo de Boss. E quem seria mais apto do que ele para realizar essa tarefa? Aqueles conceitos, agora, são moeda corrente, e facilmente…