Tag: perceptio

  • A minha queixa é simplesmente que a fenomenologia husserliana coloca as suas questões relativas à consciência interna do tempo de uma forma que distorce os fenômenos de percepção, imaginação e memória aos quais pretende dar acesso. No início da sua exposição (§§1-2), Husserl propõe-se a pôr de parte todas as suposições ou referências ao objektive…

  • (Según el Prefacio de las “Líneas fundamentales de la filosofía del derecho”. En la “Lógica”: idea absoluta; en la “Fenomenología del espíritu”: saber absoluto, pero también “ser”). Realidad: entidad como representatividad de la razón absoluta. Razón como saber absoluto — el re-presentar que se re-presenta incondicionadamente y su representatividad. Sólo según ello se decide lo…

  • A análise heideggeriana mostra que a nossa sensibilidade corporal não existe puramente “fisicamente”, que não tem necessidade de ser informada por formas conceituais; pelo contrário, está impregnada de compreensão e tonalidade afetiva. Os sentidos informam-nos apenas sobre o que, num certo sentido, já compreendemos. Mas tal formulação parece significar que os sentidos podem ser separados…

  • Falando do corpo humano, urge, antes de tudo, que tomemos precaução para estar certos de tratarmos realmente do corpo humano. Caso contrário, ver-nos-íamos levados a falar do corpo humano como “um” corpo pertencente ao grande grupo “de” corpos,1 dos quais a gente se ocupa quando diz, p. ex., com o físico: “se um corpo, todo…

  • Excertos de W. Luijpen, “Introdução à fenomenologia existencial” A tentativa do materialismo de exprimir a realidade do ser do homem malogra, porque aduz só um aspecto da totalidade do ser humano, embora essencial. É, conforme uma expressão de Le Senne, uma espécie de “destotalização da realidade”. O materialismo redunda num monismo para o qual na…

  • Agora aparece com clareza a diferença entre as duas formas de “saber”, de que acima falamos. Existe uma consciência implícita, não-expressa, não-temática, não-tética, não-reflexiva, que consiste na simples presença a meu existir. Chama-se “consciência-conta”, “consciência-prazer”, “consciência-amor”, “consciência-percepção”, “consciência-ação”, e assim por diante, sem ser a consciência de contar, de prazer, de amor, de percepção, de…

  • LUIJPEN, W.. Introdução à Fenomenologia Existencial. São Paulo: EDUSP, 1973 A fenomenologia denomina o sujeito-como-cogito, o conhecimento humano, “intencionalidade”.1 Quando Husserl usou esse termo pela primeira vez,2 referiu-se expressamente a Brentano.3 O certo, porém, é que Husserl não tomou de Brentano senão a palavra, visto que lhe deu um significado inteiramente diverso do que o…

  • Em nosso primeiro capítulo já indicamos que o problema crítico, como formulado desde Descartes, não subsiste. Não tem sentido algum perguntar-se se existe realmente um mundo, porque essa questão só pode ser levantada a partir de uma filosofia constituída que não procura no conhecimento, tal como ocorre, os termos em que o problema crítico deve…

  • Excertos de W. Luijpen, “Introdução à fenomenologia existencial” A ideia de intencionalidade da fenomenologia exclui o idealismo. O sujeito-como-cogito está, enquanto intencionalidade, dirigido àquilo que não é o próprio sujeito. Numa volta reflexiva ao conhecimento como realmente ocorre, o filósofo sempre depara com a insuperável facticidade do dado corporal. A densidade do que é dado…

  • Excertos de W. Luijpen, “Introdução à fenomenologia existencial” Chamamos “sentido” o correlato da intencionalidade ou do sujeito-como-cogito, existente. Denominemos agora “percepção” o ato do sujeito-como-cogito. Se concebermos a percepção como intencionalidade e analisarmos com exatidão essa forma de intencionalidade, surpreender-nos-emos com coisas que na psicologia tradicional da percepção levaram às mais estranhas hipóteses. Contudo, não…