Tag: Pascal

  • “Qu’est ce donc que nous crie cette avidité et cette impuissance, sinon qu’il y a eu autrefois dans l’homme un véritable bonheur, dont il ne lui reste maintenant que la marque et la trace toute vide, et qu’il essaye inutilement de remplir de tout ce qui l’environne, recherchant de choses absentes le secours qu’il n’obtient…

  • 9. Em quase todos os povos antigos a legendária reminiscência de um Paraíso Perdido se associou a uma inconsciente noção regressiva da história. Esta noção é implícita ao culto dos antepassados, à crença de que o fundador da cidade era um herói semi-divino, do qual se descendia, declinando. As virtudes do passado assomavam como valores…

  • 8. A luta entre o heliocentrismo e o geocentrismo não se desenrolou no plano da física, mas no da Metafísica. Não foi por um progresso da ciência que se viu que a terra girava em torno do sol; foi pela morte da Metafísica que a terra deixou de ser a habitação do espírito humano convertendo-se…

  • A visão científico-naturalista do mundo e da vida falsifica a realidade justamente porque ignora a única realidade real, o que os gregos denominavam — dytos dy — que são as substâncias e só considera os acidentes, os quais não existem senão nas e pelas substâncias. A concepção “científica” do mundo, entendendo que a noção de…

  • Era urgente, para mim, o fazer ver como os “algos” presentes no mundo vital, e que vão constituir os assuntos e importâncias, positivas e negativas, com que nos temos de acomodar, eram puras presenças e compresenças sensíveis, — cores, figuras, ruídos, olores, resistências, etc, — e que essa sua presença atua sobre nós em forma…

  • Se a teologia de Barth descende diretamente de Kierkegaard (art162) e da tradição luterana e calvinista, a concepção dos pensadores russos que citamos — Chestov e Berdjaev — aproxima-se da tradição platonizante, assas viva no ambiente ortodoxo, reportando-se aos fortes motivos irracionalísticos desenvolvidos por Soloviev e à temática existencial de Dostoievski. Só depois da revolução,…

  • O Journal Métaphisique de Gabriel Marcel foi publicado em 1927, o ano em que apareceu na Alemanha o Sein und Zeit de Heidegger, mas as primeiras anotações contidas nele remontam exatamente a 1914. O pensamento de Marcel (1889) desenvolveu-se por isso independentemente do existencialismo alemão e, mais que de Kierkegaard (art1262) e de Husserl (art1264),…

  • Mas ao Dasein, “o ser não é dado passivamente, como o é o ser das coisas” (J. Patocka), não basta “deixar-se ir a ser” (A. Artaud). Temos que carregar o nosso ser, e é a originalidade do Dasein ter — por mais difícil que seja — “ser” (p. 42). Este modo específico que o homem…

  • Uma vez que o próprio Heidegger está consciente do problema com que estamos a lidar (tradução de Dasein), e está a entrar no coração do debate para proscrever o ser-aí, que mais podemos fazer senão recorrer a ele? O que é que ele tem a dizer, ou mesmo a propor, sobre um ponto tão decisivo?…

  • Mais interessante ainda para nós, nesse contexto, seria o modo como Heidegger, no mesmo movimento interpretativo — e a interpretação do logos também é uma espécie de exercício de (454) força ou de violência, de Gewalt —, (o modo como Heidegger) situa e interpreta o conceito cristão de logos no Novo Testamento, aquele mesmo que…