Tag: Offenbarkeit

  • Que nós, homens, nos relacionamos com o ente, é óbvio. Postos diante da tarefa de representar o ente, podemos em qualquer (226) altura mencionar um ente qualquer: aquele que nós não somos e que também não é igual a nós; aquele que nós mesmos somos; aquele que nós mesmos não somos, mas que é igualmente,…

  • Em razão de a compreensão do Ser flutuar, às mais das vezes, num significado indeterminado e permanecer, no entanto, certa e determinada em nosso saber a seu respeito; em razão de continuar, em toda a sua eminência, obscura e confusa, velada e oculta, deve ser revelada, esclarecida e desocultada. o que só poderá ocorrer, inquirindo…

  • Um dos pontos em que Heidegger insiste nos seminários (GA89) diz respeito à distinção entre motivação e causalidade, retomando assim um tema fundamental da fenomenologia husserliana.1 Se a causalidade é atuante (bewirkende) e constrangedora (zwingende), a motivação é, pelo contrário, determinante (bestimmende) e livre (freie) (GA89:ZS, 22). O que caracteriza o motivo, diz Heidegger, é…

  • “Muitas são as coisas estranhas, nada porém há de mais estranho do que o homem”. Nesses dois primeiros versos já, de antemão, se esboça tudo aquilo que, durante todo o canto, procurar-se-á alcançar nos vários versos e esculpir na estrutura das palavras. Dito com uma palavra: o homem é to deinotaton o que há de…

  • We think we are educated as to what πόλις means. For whatever the πόλις is must “naturally” be determined with respect to the “political.” Presumably the “political” and the πόλις will be connected. The question remains, however, as to how this connection must be thought in the instance. Evidently, the “political” is that which belongs…

  • (8) Mas não ousou um sofista dizer, no tempo de Sócrates, que o homem é a medida de todas as coisas, tanto do ser das que são, como também do não-ser das que não (95) são? Não soa esta frase de Protágoras como se falasse Descartes? E, como se isso não bastasse, não é concebido…

  • Se passarmos da discussão da tese “o animal é pobre de mundo” para a discussão da tese “o homem é formador de mundo” e nos perguntarmos pelo que, do que vimos até agora, trazemos conosco para a caracterização da essência do mundo, então vem à tona formalmente o seguinte: ao mundo pertence a abertura do…

  • (…) A verdade não é uma propriedade da proposição: está nas próprias coisas. E aqui se acentua o aspecto objetivista da teoria de Heidegger. Não é na proposição sobre o ser que reside a verdade, mas é o próprio ser que é revelado ou verdadeiro. E é apenas porque o ser é verdadeiro que podemos…

  • A sentença de Protágoras diz inequivocamente que “todo” ente está ligado ao homem como ἐγώ (eu), e que o homem é a medida para o ser do ente. Mas de que tipo é essa ligação do ente com o “eu”, pressupondo que pensemos de maneira grega em nossa pós-compreensão dessa sentença e que não venhamos…

  • (…) Este “as coisas se dão para alguém de uma maneira ou de outra” revela-se como a fórmula para uma abertura do ser-aí enquanto tal. Tonalidades afetivas fundamentais são possibilidades insignes de uma tal abertura. Este caráter insigne não reside tanto no fato de o que é aberto ser mais rico e multifacetado em comparação…