Tag: Nietzsche
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(…) algo também poderia ser de tal modo transformado no interior da transposição, que não poderíamos mais reconhecê-lo como aquilo que ele é. O único ponto de apoio para o fato de termos neste caso algo em comum com uma transposição seria o próprio processo de transposição. Sob esta pressuposição, Nietzsche generalizou o conceito de…
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se toda unidade só fosse unidade como organização? Mas a “coisa”, na qual acreditamos, é tão somente inventada de acréscimo como fermento para diferentes predicados. Quando a coisa “atua”, isso significa que concebemos todas as demais propriedades, que de resto ainda existem aqui, e momentaneamente estão latentes, como causa de que agora uma única propriedade…
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[Valor de todo desvalorizar. — Minha exigência é] que se ponha o agente (Täter) de novo no interior do fazer (Tun), depois de tê-lo extraído dele, conceitualmente, e de se ter, com isso, esvaziado o fazer; que se retomem o fazer-algo, a “meta”, a “intenção”, o “fim” novamente no fazer, depois de tê-los artificialmente extraído…
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História psicológica do conceito “sujeito”. O corpo, a coisa, o “todo” construído pelo olho desperta a diferenciação entre um fazer e um que faz; o que faz, a causa do fazer, cada vez concebido com maior acuidade, deixou, por fim, como resultado, o “sujeito”. Psychological history of the concept “subject.” The body, the thing, the…
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Na imensa multiplicidade do acontecer no interior de um organismo, a parte que se nos torna consciente é um mero cantinho: e o bocadinho de “virtude”, a “abnegação” e ficções semelhantes são desmentidas, de maneira perfeitamente radical, pelo restante total do acontecer. Fazemos bem em estudar nosso organismo em sua perfeita imoralidade… As funções animais…
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A suposição de um sujeito não é, talvez, necessária; do mesmo modo, seria talvez permitido supor uma multiplicidade de sujeitos, cujo jogo de conjunto e luta jaz como fundamento do nosso pensar e em geral de nossa consciência? Uma espécie de aristocracia de “células”, nas quais repousa o domínio? Certamente de pares 1 que estão…
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Seguindo o fio condutor do corpo. — Posto que “a alma” foi um pensamento atraente e misterioso, do qual os filósofos, com razão, só se separaram a contragosto — talvez aquilo pelo que eles, a partir de então, a trocaram seja ainda mais atraente, ainda mais misterioso. O corpo humano, no qual tanto o passado…
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Tudo o que entra na consciência como “unidade” é já imensamente complicado: temos sempre somente uma aparência de unidade. O fenômeno do corpo é o fenômeno mais rico, mais claro, mais compreensível: deve ser posto metodicamente em primazia, sem que descubramos algo sobre seu significado último. Everything that enters consciousness as “unity” is already tremendously…
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Contra o positivismo, que fica no fenômeno “só há fatos”, eu diria: não, justamente não há fatos, só interpretações (Interpretationen). Não podemos verificar nenhum fato “em si”: talvez seja um absurdo querer uma tal coisa. “Tudo é subjetivo”, dizeis: mas já isso é interpretação (Auslegung). O “sujeito” não é nada de dado, mas sim algo…