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  • O “eu” é uma mera consciência que acompanha todos os conceitos. Com ela “não se representa nada mais do que um sujeito transcendental dos pensamentos”. A “consciência não é em si tanto uma representação… mas uma forma dela em geral”1. O “eu penso” é “a forma da percepção inerente a toda experiência e que a…

  • “Aquele que pensou o mais profundo ama o mais vivo.” (Sócrates e Alcebíades.) Estamos sempre tentados a considerar “o mais profundo” como algo a ser encontrado, como o que se deixa procurar com auxílio do pensamento, enquanto objeto da apreensão. Mas o mais profundo só se dá seja tivermos pensado, simplesmente apenas pensado. Mas se…

  • Mito significa: a palavra que pronuncia (sagende Wort). Pronunciar (Sagen) é para os gregos: manifestar (offenbar machen), fazer aparecer (erscheinen lassen), ou seja, o aparecer [scheinen=luzir] e aquilo que é no aparecer (im Scheinen), em sua epifania, o haver (Wesende), é o que há [Wesende=o que há, acontece], em sua narrativa [Sage= lenda, tradição]: o…

  • Mnemosyne, a filha do Céu e da Terra, enquanto noiva de Zeus, em nove noites torna-se mãe das (12) musas. Jogo e música, dança e poesia pertencem ao regaço da Mnemosine, da memória (der Gedächtnis). É evidente que essa palavra designa outra coisa do que só a capacidade, verificável pela Psicologia, de conservar o que…

  • Seer – a estranha crença equivocada em que o seer precisaria sempre “ser” e em que quanto mais constantemente e duradouramente ele fosse, tanto mais “essente” ele seria. Mas em primeiro lugar, o seer em geral não “é”, mas se essencia. E, em segundo lugar, o seer é o que há de mais raro e…

  • A menção e correção desses dois equívocos não pretendem fazer com que os senhores entrem de repente numa clara relação com a filosofia. Todavia os senhores devem ficar logo desconfiados e suspeitando, quando juízos os mais correntes e até inclusive supostas experiências, os assaltarem de surpresa. Isso ocorre muitas vezes de um modo muito inocente…

  • (185) Kant se mantém fundamentalmente junto à determinação de Descartes. Por mais essenciais que tenham se tornado e que permaneçam sendo sempre as investigações kantianas para a interpretação ontológica da subjetividade, o eu, o ego, é para ele tanto quanto para Descartes, res cogitans, res, algo que pensa, isto é, que representa, percebe, julga, concorda,…

  • Jaspers diz o seguinte em sua Psychologie der Weltanschauungen (Psicologia das visões de mundo): “Quando falamos de visões de mundo, temos em vista ideias, o que há de derradeiro e total no homem, tanto subjetivamente, como vivência, força e modo de pensar, quanto objetivamente como um mundo configurado”1. Para o nosso intuito de distinguir a…

  • O sentido pleno de um fenômeno abrange seu caráter intencional referencial, seu caráter intencional de conteúdo e seu caráter intencional performativo (“intencional” deve ser compreendido aqui de modo bem formal, deixando de lado seu sentido referencial teórico especialmente acentuado, significação especial esta que facilmente sugere a apreensão da intencionalidade como sendo “ter algo em mente”,…

  • Vamos falar da era da completa ausência de questionamento, uma era cuja extensão temporal se estende para trás e para frente, muito além do que acontece hoje. Nesta época, nada de essencial – supondo que essa determinação ainda faça sentido – é impossível ou inacessível. Tudo “é feito” e “pode ser feito”, se apenas a…