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  • Aristóteles começa o Livro I da Metafísica discutindo cinco níveis ou graus diferentes de “ver” ou conhecer: aisthesis, empeiria, techne, episteme e sophia. Diz-se que o primeiro deles, aisthesis ou apreensão sensorial, pertence por natureza aos entes vivos em geral. Um segundo nível de conhecimento é o da empeiria, “experiência”. Enquanto a apreensão sensorial depende,…

  • A razão para essa discussão sobre o conhecimento, lembra Aristóteles, é que estamos investigando o que se entende por sophia. A opinião geral é de que os tipos de conhecimento discutidos representam estágios ascendentes de sabedoria, porque geralmente se supõe que a sophia se preocupa com “as causas e os princípios primários” (ta prota aitia…

  • O Capítulo 2, “Cuidado consigo mesmo: ética original em Heidegger e Foucault”, tenta, por meio de um diálogo entre Heidegger e Foucault, abrir a dimensão ontológica da ética no trabalho de ambos os filósofos em termos da relação ontológica com si mesmo, desviando nossa compreensão da “ética” de um conjunto de normas, princípios ou regras…

  • (…) “onde a filosofia levou sua matéria a um saber absoluto (Hegel) e a uma evidência finalmente válida (Husserl)”, podemos ficar atentos a algo que se oculta, algo que já não pode ser matéria a pensar da filosofia (GA14, 79). A este impensado da filosofia Heidegger dá o nome de clareira (Lichtung), como a abertura…

  • Se voltarmos agora ao tema da tragédia grega, podemos ver melhor o que significa a katharsis do medo e da piedade. Evidentemente, não pode significar que a tragédia nos purga ou alivia do medo e da pena que já trazemos conosco para a tragédia, pelo menos não na forma particular em que trazemos estas emoções…

  • The ontological determination of Dasein—that is, of the being that we ourselves in each case are—is primarily possibility. “Dasein,” Heidegger writes, “is not something present at hand that in addition has (or possesses) the ability to do something; rather, it is primarily being-possible (Möglichsein), Dasein is in each case what it can be and how…

  • On the intrinsic belonging of possibility to the essence not merely of the animal, but of the living being in general, see in particular the 1929-30 course Die Grundbegriffe der Metaphysik: Welt—Endlichkeit—Einsamkeit. Gesamtausgabe Bd. 29/30. (Frankfurt: Klostermann, 1983). Translated by William McNeill & Nicholas Walker as The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude (Bloomington:…

  • A questão da relação entre vida animal e humana é para Heidegger em última instância a questão de mundo, de o que “mundo” é e de que significa “ter” um mundo e ser “em” um mundo. Entretanto compreendemos o status dos animais e de diferentes modos de vida animal, sempre e inevitavelmente assim fazemos em…

  • Chapter 2 (The Time of Life), “Care for the Self: Originary Ethics in Heidegger and Foucault,” attempts, by way of a dialogue between Heidegger and Foucault, to open up the ontological dimension of the ethical in the work of both philosophers in terms of the ontological relation to self, shifting our understanding of “ethics” away…

  • O primeiro início, o início grego, é marcado sobretudo pela descoberta e ascendência da theoria, concebida como uma pura contemplação das formas de todos os entes, um modo de Ser em que a contemplação é cada vez mais separada da práxis ética e política. – separada, abstraída e isolada a ponto de não ser mais…