Tag: Licht

  • Voltemos atrás. Dissemos: as coisas são independentes do homem. Quer existam homens ou não, existem baleias, existem florestas cheias de vida, etc. Mas esta independência não é como tal. Tem de ser suportada e compreendida para acabar por ser independente enquanto tal. Se não houver seres humanos, a independência das coisas em relação aos seres…

  • O Da de Da-sein nunca deve ser traduzido como “aqui” ou “aí”, como é habitual nos estudos atuais (por exemplo: ser-aí, estar aqui, being t/here). Heidegger insiste que “Da ≠ ibi und ubi” (GA71) (o Da do Da-sein não é de todo um advérbio locativo: “aqui” ou “aí”). Em vez disso, o Da deve ser…

  • Na sua forma mais básica, a vida é um impulso natural para estar em curso para além de si, um desdobramento contínuo de si (Sich-zeitigung), de modo a aparecer num novo eidos, que por sua vez gera cada vez mais possibilidades, incluindo a sua possibilidade sempre presente de morte. Na medida em que a vida…

  • Há que distinguir quatro significados da palavra Lichtung, clarão ou clareira, em Heidegger. Esta palavra alemã é, de fato, uma tradução emprestada do francês. As quatro estão ligadas à compreensão da verdade como aletheia, como descoberta. “Clareira” significa, em primeiro lugar, a abertura constituída pelo ser-no-mundo, no sentido em que o ser que somos é…

  • A forma específica de temporalidade do homem enquanto cuidado só se revela, plenamente, na morte: “o mundo do estar-aí se estrutura a partir do cuidado que tem uma forma específica de temporalidade que se manifesta na morte. Somente da morte compreende-se um poder-ser-to tal que, entretanto, nunca se realiza: ou ainda não somos totais, ou…

  • En primer término, nos situamos en un mundo con el que, de algún modo, estamos familiarizados, que contemplamos de acuerdo con sus regiones y estructuras. Un mundo en que nosotros mismos tenemos un lugar y una duración; en que estamos localizados, tanto espacial, en el espacio total que se abre infinitamente, como temporalmente, en un…

  • O aí se clareia no ser-aí. Esse, porém, se essencia como a constância do entre; uma constância que se funda no pertencimento ao acontecimento da apropriação. O entre é apropriado em meio ao acontecimento pelo acontecimento apropriativo como o lugar no qual esse acontecimento se encontra em sua essenciação. A essa essenciação pertence: o entre…

  • Nem os deuses criam o homem, nem o homem inventa os deuses. A verdade do seer decide “sobre” os dois, na medida em que vigora acima deles, mas acontece apropriativamente entre eles e, com isto, pela primeira vez ela mesma para o vir-ao-encontro. Sempre de acordo com o modo no qual o seer encontra a…

  • Toda determinação da essência do homem está suspensa na questão: como é que concebemos o ente na totalidade ao qual o ente – chamado homem – está enquadrado? Assim, a tarefa de demarcação essencial desse ente é salva e transportada para uma interpretação do ente na totalidade já realizada ou pouquíssimo pensada em suas condições…

  • O “instante” é o repentino da queda de tudo aquilo que é fundável e que ainda resta sem ter sido jamais fundado na clareira do seer. O “instante” é o repentino do levante do homem em meio à insistência no entre dessa clareira. O “instante” não possui nada em comum com a “eternidade” do ente…