Tag: Hölderlin
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(…) era necessário, em primeiro lugar, buscar um conceito suficiente da existência humana que nos permitisse perguntar qual é sua relação com Deus. Na perspectiva da Carta sobre o Humanismo, o homem habita, na medida em que é homem, na proximidade de Deus (GA9:CartaH). A relação se abre imediatamente no Dasein porque Da é a…
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O nascimento do tempo — e o nascimento de uma natureza liberada de sua longa história, despojada de seus atributos metafísicos, livre e matinal. Essa é a natureza sobre a qual Hölderlin canta, apenas uma vez, em um único poema, no hino {Como em um dia de festa…} Pois ela mesma, mais velha que todos…
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Ao tentar explicar Ereignis, Heidegger tenta o impossível. Como Ereignis “não é”, não podemos falar sobre ele de forma proposicional. O próprio Heidegger diz que “tudo — afirmações, perguntas e respostas — pressupõe a experiência da própria matéria” (GA14:ZS, 27/25-26). O legein mortal deve reunir e abrigar o Logos cósmico. Em seu ensaio de 1936,…
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A nova abordagem da questão do ser pensaria o seer de forma mais radical e histórica, tanto no sentido de que o seer pertence a uma história (que ocorre em diferentes épocas da história ocidental) quanto (talvez ainda mais) no sentido de que o próprio pensamento pertenceria a essa história e contribuiria para pavimentar seu…
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(…) O que o homem introduz no mundo, o seu “próprio”, não é simplesmente a luz e a abertura do conhecimento, mas, acima de tudo e pela primeira vez, a abertura a um fechamento e a uma opacidade. A aletheia, a verdade, é a guardiã da lethe, da não verdade; a memória, a guarda do…
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Uma coisa nos preocupa mais uma vez: a história de Édipo. Pois Édipo no mundo grego é quase único. Toda a primeira parte é imperial, despótica, paranoica, interpretativa, divinatória. Mas toda a segunda parte é a errância de Édipo, sua linha de fuga no duplo desvio, de seu próprio rosto e do rosto de Deus.…
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(…) (Heidegger) diz, no contexto da análise existencial: A repetição é tradição expressa, ou seja, regressão a possibilidades do Dasein que já existiram… A repetição do possível não é nem uma restituição do “passado”, nem o fato de reconectar o “presente” ao “passado”… Em vez disso, a repetição responde à possibilidade de existência que já…
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Quanto à significação da linguagem (…) é a partir de um exame da concepção heideggeriana de linguagem que devemos esperar esclarecimentos. Isso também será decisivo para entender a legalidade dos Esclarecimentos sobre a Poesia de Hölderlin (GA4). Devemos, portanto, retornar a Ser e Tempo, onde a linguagem é examinada tematicamente pela primeira vez (SZ, §…
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(…) o ser não é presença constante, menos ainda sendo supremo; o ser propriamente falando não «é»; não é um sendo. O que é então? O primeiro passo para responder a uma questão deste tipo consiste em dizer: com e no sentido denuncia-se de uma certa forma o Outro de todo o sendo, esse outro…
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Ver “The Turning”, em Heidegger, The Question Concerning Technology and Other Essays, tr. W. Lovitt (Nova Iorque: Harper and Row, 1977), 42; ver também “The Question Concerning Technology” (GA7), em ibid., 38: “Salvar é reconduzir à essência para a fazer aparecer pela primeira vez da forma que lhe é adequada”; e “Building, Dwelling, Thinking” (GA7),…