Tag: Hölderlin

  • Para confirmar este encontro singular entre Aristóteles e Hölderlin num comentário à Física e, de um modo mais geral, esta intersecção da metafísica com a sua própria essência, basta referir a conferência Introdução à Metafísica (GA40), de 1935. Esta está dividida em quatro partes (1 / A questão fundamental da metafísica; 2 / A gramática…

  • A leitura que Heidegger faz de Kant parece fazer parte do mesmo esquema interpretativo que vê o campo metafísico espalhado pelas quatro direções do ente. A este respeito, desde Aristóteles e as suas quatro modalidades do ente que respondem ao to on legetai pollachos, a questão orientadora sempre se manifestou através de uma quádrupla interrogação.…

  • Quem é o homem? É aquele que deve dar testemunho do que é. Dar testemunho significa, por um lado, reportar; mas ao mesmo tempo significa responder, ao reportar, pelo reportado. O homem é aquele que é precisamente ao atestar o seu estar aí (Dasein). Este testemunho não significa aqui uma expressão posterior e acessória do…

  • O fenômeno fundamental foi assim adquirido: como tonalidade fundamental, “a angústia manifesta o Nada”; portanto, no momento da crise de angústia, “o próprio Nada — enquanto tal — estava aí”. Doravante, “a questão do Nada permanece efetivamente construída (gestellt bleibt)”. Mas o que manifesta o Nada, que está aí, no ser-aí? Du moins un point…

  • A indigência que se tem em vista determina o homem, na medida em que ela o afina inteiramente, por mais que a incompreensão possa se imiscuir aqui novamente e de imediato e nos levar a pensar que as tonalidades afetivas são algo que o homem “possui” e que, então, elas dependeriam ou bem de dados…

  • (…) Se o pensamento já não está limitado ao horizonte da fenomenalidade, da auto-revelação das coisas, o que é que o impede de se tornar arbitrário ou caprichoso? A que é que estará limitado? Se a base ou o fundamento ôntico da ontologia já não é o ente que compreende o ser, então em que…

  • A terceira das seis fugas que compõem o contraponto aos Compléments (GA65) é intitulada : Le saut (pp. 225-289). Mas o salto que estamos tentando realizar agora, embora seja uma resposta ao primeiro salto, não é uma repetição dele: é um salto completamente diferente. Não falarei mais sobre essa diferença, exceto para dizer que, assim…

  • (…) o que Heidegger entende que Hölderlin quer dizer com “poetizar”. “… Descrever essa medida, deixá-la servir como medida e aceitá-la como medida: isso é o que (Hölderlin) quer dizer com poetizar…” Mas por que chamar isso de poetizar? Se nos restringirmos ao texto em si, há apenas uma dica. Dizem-nos que o processo de…

  • Mais uma vez, a palavra “morada” designa a estrutura fundamental do Ser-aí, à medida que ele se aproxima dos entes. Agora, porém, a concepção é desenvolvida por uma nova metáfora. O poema de Hölderlin que Heidegger interpreta aqui lhe permite dizer que, se o homem mora “na terra”, ele também olha para o “céu”. Portanto,…

  • A Carta sobre o Humanismo de 1946, cujas conotações políticas são bem conhecidas, caracteriza o projeto ontológico fundamental de Heidegger nesses termos, fiel ao que Nietzsche já havia chamado de “a concepção estrita do solo natal”: Essa proximidade com o Ser, que é em si o “aí” do ser-aí (Dasein), o discurso sobre a elegia…