Tag: Geworfen
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Na sua forma primitiva, o sentimento da situação originária dá-nos — ou quer-nos dar a entender — que o Dasein é lançado e abandonado na excentricidade de uma existência que lhe foi imposta. Tal é o “estar-lançado” (déréliction) (Geworfenheit des Daseins) (SZ, p. 135). Há no sentimento deste estar-lançado muito mais do que a constatação…
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O decair (Verfallen) não determina só existenciariamente o ser-no-mundo. O redemoinho (Wirbel) deixa ao mesmo tempo manifesto o caráter-de-jacto (Wurfcharakter) e o caráter-de-mobilidade (Bewegtheitscharakter) da dejecção, a qual no encontrar-se (Befindlichkeit) do Dasein pode se impor a ele mesmo. A dejecção não só não é um “fato consumado” (fertige Tatsache), mas não é também um…
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Esse caráter-de-ser (Seinscharakter) do Dasein, encoberto em seu de-onde (Woher) e em seu para-onde (Wohin), mas em si mesmo tão descoberto, isto é, esse “que ele é” (Dass es ist), nós o chamamos de dejecção (Geworfenheit, ser-dejectado) desse ente em seu “aí”, e isto de tal modo que, como ser-no-mundo, o Dasein é o “aí”.…
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O projeto do poder-ser mais-próprio é entregue ao factum da dejecção no “aí”. (SZ148; STCastilho:421)
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Para a linguagem a dejecção é essencial. (Für Sprache ist Geworfenheit wesentlich). (SZ:161; STCastilho:455)
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O Dasein existe factualmente. Pergunta-se pela unidade ontológica de existenciariedade (Existenzialität) e factualidade (Faktizität), isto é, da essencial pertinência da última à primeira. Sobre o fundamento do encontrar-se (Befindlichkeit) que pertence à sua essência, o Dasein tem um modo-de-ser (Seinsart) no qual, em sua dejecção, ele é posto diante de si e é aberto para…
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Na palavra “thrownness” (Geworfenheit), a forma do verbo incorporado é tão importante quanto o próprio verbo: ele está tanto no pretérito quanto na voz passiva. Assim, o dasein sempre já foi jogado. E a implicação de que esse fato de ter sido jogado é algo que aconteceu com ele — ou, de qualquer forma, algo…