Tag: Geviert

  • Chegou o momento de nos voltarmos diretamente para a própria exposição de Heidegger sobre o Geviert, começando com a terra e o céu. Com relação à primeira: “A terra é a portadora servil, florescendo e frutificando, espalhando-se em rochas e água, elevando-se em plantas e animais”. O céu é introduzido com o mesmo entusiasmo: “O…

  • Se terra e céu (art4572) apenas repetem um dualismo já conhecido por nós, os deuses e os mortais parecem apresentar um par mais complicado. O primeiro desses termos é apresentado da seguinte forma: “Os deuses são os mensageiros insinuantes da divindade. De fora do domínio oculto desta última, o deus aparece em sua essência, o…

  • A questão restante é se há alguma diferença entre terra (Erde) e deuses (Gott) e, da mesma forma, alguma diferença entre céu (Himmel) e mortais (Tod). Se cada par consiste apenas em ocultação (Verbergung) ou não ocultação (Entbergung), podemos abandonar com segurança o Geviert de Heidegger e retornar ao dualismo simples da análise inicial da…

  • A palavra essencial de Heidegger é, por completo, mítica, e tem ainda menos a ver com lógica ou dialética do que o próprio pensamento platônico. H. G. Gadamer testemunha o espanto que tomou conta da plateia na palestra de 1936 sobre A Origem da Obra de Arte, quando ouviu a estética ser falada em termos…

  • Em 1935, Introdução à Metafísica (GA40) estabeleceu que, para toda a tradição, o ser é limitado pela presença de outro em quatro divisões: 1. ser e devir; 2. ser e aparência; 3. ser e pensar; 4. ser e dever. O diagrama pentádico das limitações do ser é apresentado na forma de um diagrama em cruz,…

  • O mundo como o quadrinômio (Geviert) de céu e terra, deuses e mortais, não pode ser explicado a partir da perspectiva de um fundamento que se encontra fora dele; mas também não pode ser explicado por um dos momentos estruturais que se pode tirar do próprio quadrinômio, para então declará-lo como o fundamento dos outros.…