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  • O Ser de Heidegger é a coisa mais amplamente compartilhada no mundo. Seguindo o exemplo de Atena, a deusa do crepúsculo a quem ele dedica sua única palestra realizada em solo grego, mais precisamente em Atenas, Heidegger fixa seu olhar de coruja no limite concedido pelo Destino. Μοίρα expressa a finitude do Ser, consagrada na…

  • Estamos, então, em posição de pensar em tal “pátria”, retornando à “proximidade do Ser” enraizada no Da do Dasein? Podemos restabelecer a situação inicial do homem habitando o local apropriado do pensamento? Sem entrar nos detalhes do argumento aqui, vou relembrar certos pontos essenciais sobre “ser” e “mundo” que tentei estabelecer em um trabalho anterior…

  • Para pensar a não substancialidade e a pertença essencial do Quatro (Geviert), Heidegger, tal como Fink, recorre ao conceito de jogo, que implica uma relação dinâmica entre os diferentes elementos: “A este jogo que nos faz aparecer, ao jogo de espelhos da simplicidade da terra e do céu, chamamos “o mundo”. O mundo é na…

  • Essa formulação é paradoxal, se se imagina com que predileção foram discutidas, no século XVIII, as diferenças do gosto humano. Mas, mesmo que das diferenças de gosto não extraiamos consequências cético-relativistas, e nos fixemos porém, na ideia do bom gosto, soa paradoxal denominar o senso comum de “bom gosto”, essa rara distinção, através da qual…

  • Une distinction capitale s’impose quand on aborde la méthode de Heidegger. Il faut y insister pour éviter la confusion courante entre la philosophie de Heidegger et l’anthropologisme philosophique ou philosophie de l’existence qui n’en représente qu’un aspect. Confusion d’autant plus répandue que seul ce dernier aspect de l’œuvre heideggerienne a jusqu’à présent exercé une influence…

  • Admitting the phenomenality proper to the phenomenon—its right and its power to show itself on its own terms—thus implies understanding it in terms of givenness. Husserl, summing up at the end of his career what was gained in his first “breakthrough work,” the Logical Investigations, indicates exactly what change was demanded of philosophical thought: “It…

  • Em Geviert, a terra (Erde) nomeia o que tradicionalmente poderíamos pensar como a “base material” da coisa. Essa afirmação só pode ser mantida se entendermos “material” e “base” de maneiras bem distintas de seu emprego tradicional na história da filosofia. Isso quer dizer que, estritamente falando, a Terra não é “material” nem uma “base”. O…

  • Na análise existencial de raiz heideggeriana, de que os Seminários de Zollikon dão enquadramento explícito, o tempo do mundo é o tempo onticamente experimentado e vivido. Tal como Heidegger o caracteriza nesses Seminários, tem as três dimensões do tempo ex-stático do Dasein (em sentido próprio ou impróprio) e a tendência para a degradação ou queda,…

  • Chegou o momento de nos voltarmos diretamente para a própria exposição de Heidegger sobre o Geviert, começando com a terra e o céu. Com relação à primeira: “A terra é a portadora servil, florescendo e frutificando, espalhando-se em rochas e água, elevando-se em plantas e animais”. O céu é introduzido com o mesmo entusiasmo: “O…

  • Se terra e céu (art4572) apenas repetem um dualismo já conhecido por nós, os deuses e os mortais parecem apresentar um par mais complicado. O primeiro desses termos é apresentado da seguinte forma: “Os deuses são os mensageiros insinuantes da divindade. De fora do domínio oculto desta última, o deus aparece em sua essência, o…