Tag: Erde

  • Ser é tempo, tempo é ser. Por meio dessa identidade, o ser perde seu peso, torna-se mais leve ou irrealizado. O ser não é mais pensado em termos de realidade; o ser emigra da realidade em direção à possibilidade. Uma nova figura de possibilidade — a mais antiga e apagada — é descoberta. Em uma…

  • O sujeito absoluto descrito por Heidegger, ou seja, a razão, coloca diante de si o ente como um objeto absoluto. A subjetividade pura de tal sujeito tem como corolário a objetividade radical do objeto. Não permite que o objeto em si venha à presença do pensamento. Em vez disso, o representa, ou seja, faz com…

  • A nova abordagem da questão do ser pensaria o seer de forma mais radical e histórica, tanto no sentido de que o seer pertence a uma história (que ocorre em diferentes épocas da história ocidental) quanto (talvez ainda mais) no sentido de que o próprio pensamento pertenceria a essa história e contribuiria para pavimentar seu…

  • Dois conceitos e duas palavras fundamentais vão juntas entre os gregos: episteme e techne. Esta união testemunha que saber não é tomado como ciência e sim como entender de alguma coisa competentemente. Ciência é apenas uma espécie bem-determinada de saber, possui limites e confins bem-definidos. Foi o desaparecimento desses limites e confins entre FILOSOFIA E…

  • Essa encruzilhada, o recurso de mudança no e do pensamento heideggeriano, surpreendentemente nunca foi estudada. Embora a tríade W, W, V aborde o essencial — a relação à ser, à ente, à Dasein, a Deus, à linguagem, à metafísica — ainda não foi objeto de uma análise temática. É verdade que Heidegger não especifica em…

  • Quase dez anos depois do fim de sua relação com Hannah Arendt, no curso de 1936 sobre Nietzsche (Der Wille zur Macht als Kunst), Heidegger trata tematicamente do amor em algumas páginas extremamente densas, em que esboça uma verdadeira teoria das paixões. Ele começa por subtrair os afetos e as paixões da esfera da psicologia,…

  • Poderíamos começar apontando que, para Heidegger, a filosofia autêntica é aquela que se dirige ao que diz respeito a todo ser humano: estar no mundo, existir em meio a entidades. Como ele mostra desde suas primeiras lições e como ele resume em Ser e Tempo, a filosofia não é uma disciplina entre outras, mas um…

  • Uma das características marcantes da filosofia contemporânea é a importância e a autonomia que a categoria do possível passou a adquirir dentro dela. Por meio dos trabalhos aparentemente discordantes, mas de alguma forma concordantes, do pensamento contemporâneo, essa categoria está começando a romper sua conexão (que na verdade é uma confusão) com a do virtual…

  • Para Blondel, a mente deve reconhecer uma Transcendência inevitável, deve confessar um Absoluto divino. Mas nem Sartre, Polin ou Merleau-Ponty vão tão longe. Quais seriam os motivos de sua recusa? É importante prestar atenção. Em primeiro lugar, isso tem a ver com seu método fenomenológico: ele pretende permanecer descritivo e limitar-se à imanência. Afastar-se da…

  • A análise da ordenação tecnológica e totalizante do mundo (…) explora maneiras de resistir ao niilismo implícito nas práticas totalizantes. Dreyfus define o niilismo como o nivelamento de todas as diferenças significativas, o que faz com que a existência não tenha mais um significado inerente. A existência humana perde seu objetivo ou direção e, portanto,…