Tag: Erde

  • Como vimos, nós tratamos do tédio, não de uma tonalidade afetiva qualquer. Se tomamos agora todo este estudo como uma orientação fundamental sobre a essência do homem, então precisamos dizer inicialmente que, em meio à discussão do tédio, aproximamos efetivamente de nós uma tonalidade afetiva, talvez mesmo uma tonalidade afetiva fundamental do homem. No entanto,…

  • Gostaríamos de definir agora antecipadamente o lugar do problema através da explicitação genérica do que temos em vista por formação de mundo. Segundo a tese, mundo faz parte da formação de mundo. A abertura do ente enquanto tal na totalidade, o mundo, forma-se; e mundo só é o que é em uma tal formação. Quem…

  • Contudo, quanto mais alegre a alegria, mais pura é a tristeza nela adormecida. Quanto mais profunda a tristeza, mais a alegria que nela repousa nos convoca. Tristeza e alegria tocam e jogam uma com a outra. O jogo que afina tristeza e alegria entre si, aproximando a distância e distanciando a proximidade, é a dor.…

  • Na medida em que o homem mesmo é o objeto do ἀληθευειν (desvelamento) da φρόνησις (circunvisão), as coisas precisam se achar de tal modo em relação ao homem que ele esteja encoberto para si mesmo, que ele não veja a si mesmo, de forma que se careceria de um ἀ-ληθεύειν (des-velamento) para se tornar transparente…

  • Tudo aquilo que pode ser pensado sobre as “tonalidades afetivas” precisa ser pensado a partir da experiência do seer e de sua questionabilidade, isto é, a partir da dor da história do seer. (a dor como a clareira da diferença – essa diferença mesma) A requisição nunca pode voltar-se para um tratamento das “tonalidades afetivas”…

  • Sensorium é compreendido como tato (Fühlung), isto é, ter sentimento em sentido bem lato. E quiçá como ter sentimento de algo, tatear no sentido de ser tocado, depois como ter sentimento para algo, no sentido de sentir ativo (Vorfühlen), de rastrear pelo tato (Erspüren). Sensorium é portanto sentimento ou tatear num duplo sentido: 1) Acolher;…

  • Portanto, é errado afirmar, como faz Heidegger, que a morte de outro não ensina nada ao Dasein sobre sua própria morte 1; ao contrário, o oposto é verdadeiro: na provação do luto, morrer para… outro, parece indissociável de uma morte para… e de mim mesmo; o colapso daquelas possibilidades que eram minhas, que só eram…

  • Uma perda mais profunda do que qualquer perda empírica, o luto é, portanto, uma “perda” em um sentido paradoxal: não a perda do que eu tenho (já que perder uma posse é apenas o inverso de adquiri-la, nunca é o mesmo que perder a si mesmo), mas a perda do que não me pertence de…

  • (…) O termo “linguagem”, de fato, para retomar a célebre fórmula aristotélica, “diz-se de muitos modos” e só um esclarecimento do que a filosofia e a ciência da linguagem entendem respectivamente por esse termo podería conduzir a uma útil definição da relação que elas estabelecem uma com a outra. A implicação entre filosofia e reflexão…

  • (A) decadência espiritual decorre da incapacidade de habitar o mundo: apesar da ausência, em 1935, de um termo apropriado para designar o Geviert, e da ambiguidade que faz da Terra tanto o lugar dessa decadência quanto uma das formas dela, Heidegger busca aqui, não salvar o mundo de seu destino de vagar, mas simplesmente pensá-lo.…