Tag: Dimension
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(…) Se o pensamento já não está limitado ao horizonte da fenomenalidade, da auto-revelação das coisas, o que é que o impede de se tornar arbitrário ou caprichoso? A que é que estará limitado? Se a base ou o fundamento ôntico da ontologia já não é o ente que compreende o ser, então em que…
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(…) Heidegger não afirma que um mundo com sentido é constituído apenas pela Befindlichkeit. Pelo contrário, a constituição do mundo acontece numa interação da Befindlichkeit com a compreensão (Verstehen) e o discurso (Rede). Entre estas características equiprimordiais do ser-em, a compreensão enfatiza a dimensão agencial, ou seja, as formas possíveis de interagir com os entes…
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A fenomenologia enuncia outro princípio: “Zu den Sachen selbst”, que significa ir “direto às coisas em si mesmas”, descartando todo o conhecimento adquirido, todos os preconceitos, todas as pressuposições para voltar às coisas em si 1. Na realidade, o princípio deve ser invertido. Se podemos ir direto às coisas em si, é porque a coisa…
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A prodigalidade do tempo: ele esbanja o ser, esbanja o lugar, esbanja o espaço. Ser, de fato, significa ter lugar. Ter lugar significa apenas se produzir. O que ocorre não tem necessariamente um lugar. O lugar, portanto, não tem primeiramente uma significação espacial ou mesmo “local”: o lugar procede inicialmente do tempo. O lugar está…
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(…) ao falar de um “meio”, estamos falando de algo que estaria entre dois polos fixos. Para começar, as coisas em questão não são tão fixas ou autocontidas. O que aparece neste mundo o faz em conjunto com tudo ao seu redor. Não há nada que não exista dessa forma relacional. Aparecer é estar exposto…
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As already mentioned, Metzinger also employs the term “neurophenomenology”. This term was originally coined by Francisco Varela, who gave it a precise definition and envisaged it as a novel approach in cognitive science. According to Varela, neurophenomenology is an approach that rejects representationalist and computationalist accounts of consciousness and cognition, and which considers the data…
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A ciência é um modo de compreensão da totalidade da realidade: é força unidimensional, reduz a seu modelo todos os outros modelos culturais. Não suporta a diferença. Reduz tudo a um plano, a um horizonte. O que não se deixa ver nesse horizonte não é considerado, simplesmente não existe! Deve-se, porém, notar que quando a…
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Para compreender o que seja «conhecimento científico» é preciso aclarar o espaço onde ele se efetua. Não todo conhecimento é científico. Quando um conhecimento se torna científico ou se faz ciência? O conhecimento se constitui em ciência desde o momento em que possa indicar claramente seu objeto e em segundo lugar desde que possa falar…
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Técnica aqui, nestas colocações de pensamento, não é sinônimo de instrumentação, nem de um sistema mecânico, elétrico ou eletrônico de ferramentas, nem um conjunto de procedimentos, de meios e modos de fazer. Técnica é uma vigência universal e o vigor de um comportamento unidimensionalizante. As máquinas, os equipamentos, os aparelhos não podem escravizar o homem!…
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C) O carácter essencialmente cênico das formas a priori da intuição como chaves operativas de uma matemática da natureza, Heidegger explica na sua própria linguagem, de forma muito esclarecedora, em GA12. O seu argumento assume a forma de uma crítica à “redução” do tempo e do espaço, nas ciências, à função paramétrica. Heidegger escreve “Para…